Música Coreana: Cinco artistas a conhecer
A cultura da Coreia do Sul está a invadir o Ocidente: é a K-Pop, foi o filme “Parasitas” de Bong Joon-ho, a série de televisão Squid Game… e ainda se lembram do primeiro grande fenómeno de popularidade da música sul-coreana? Esse mesmo. Não colocamos o vídeo do Gangnam Style porque ainda devem estar cheios de ouvir essa música.
Há mais música na Coreia do Sul para além da K-pop e das boys e girls bands com mais de uma dúzia de elementos. Existem outros músicos que também valem a pena conhecer.
Ak Dan Gwang Chil (ADG7)
Este grupo de música folk coreana dá um andamento moderno à tradição. Com seis músicos a tocar instrumentos tradicionais e três cantoras com muita presença, os ADG7 interpretam música ritual e popular da região de Hwanghae-do, que hoje em dia faz parte da Coreia do Norte. A questão das Coreias divididas é difícil de contornar quando falamos da cultura deste país. A ideia por trás deste grupo é expressar o real significado da libertação e o desejo de unificação da Coreia do Sul.
A música dos ADG7 é enérgica, e as actuações muito poderosas e cativantes.
Neon Bunny
Neon Bunny é o nome artístico de Lim Yoo-jin, uma cantora e produtora que faz da eletro pop mais etérea que irão encontrar. Os sintetizadores criam uma paisagem sonora por onde a voz de Neon Bunny passeia como se fosse um jogo de computador ou um filme futurista. Ou retro-futurista.
O vídeo para a música Forest of Skyscrapers tem essa vibração de uma existência sintética. Talvez porque Seoul parece uma cidade do futuro sob os neons e o estilo único do Oriente. Lim Yoo-jin é uma das mentes musicais mais interessantes da Coreia do Sul e que vale a pena explorar, especialmente se procuram sons mais tranquilizadores.
Vejam teclados e sintetizadores no Salão Musical
Jambinai
Para quem prefere um pouco mais de agressividade sonora, os Jambinai combinam instrumentos tradicionais coreanos com guitarras elétricas em plena distorção e uma lógica de metal progressivo. Deram nas vistas no encerramento das Olimpíadas de Inverno de 2018, em Pyeongchang, porque havia quem estivesse à espera da pop de pastilha elástica que parece crescer como cogumelos abaixo do paralelo 38 e levou com o lado mais negro da música coreana.
Vejam guitarras elétricas no Salão Musical
Clazziquai Project
Não sabemos se é dos Yakgwa, uns biscoitos de mel tradicionais que dizem ter propriedades medicinais, mas a música coreana está cheia de música doce que faz bem à alma. Os Clazziquai Project vieram buscar ao lado de cá do mundo os balanços tropicais da bossa nova e juntaram melodias suaves e alguma eletrónica para criar músicas muito acolhedoras. Há uma sonoridade típica daquela região da Ásia mas é música para o mundo inteiro.
Vejam guitarras clássicas no Salão Musical
Jung Jaeil
Deve ser o compositor vivo mais ouvido neste momento. Se não sabem quem é Jung Jaeil de certeza que conhecem o seu trabalho: é o autor das bandas sonoras de Parasitas e de Squid Game.
Este músico muito reservado começou praticamente como autodidata entre o mundo da pop e da música clássica e escreveu a sua primeira música para um filme aos 15 anos, que não podia ver sequer por ter uma classificação etária acima da sua idade. O seu superpoder parece estar na forma como consegue unir tradições dispersas e géneros distintos em composições que deverão ter uma longa vida.
Vejam violinos no Salão Musical
Existe muito mais música da Coreia do Sul para ouvir e de certeza que iremos ouvir muita mais vinda daquele país nos próximos anos. O som é original mas muito familiar já que as influências do Ocidente estão lá e fazem-se sentir. O exótico deixa de ser estranho aos nossos ouvidos.
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