What is reverb?
O reverb é um efeito simples mas capaz de transformar o som de qualquer instrumento. Vamos conhecer as suas propriedades, tipos e história, e recomendar algumas ferramentas para darem outra dimensão às vossas ideias musicais.
Características do Reverb
Para já vamos esclarecer uma coisa: reverb não é eco, mas algo semelhante.
O eco é uma repetição do sinal: ouvimos a origem, que viaja até um ponto que o reflete e o devolve um pouco mais tarde, como uma bola de pingue-pongue. O reverb é o prolongamento do sinal, a reverberação das ondas sonoras criada pelo seu reflexo ao longo das superfícies do espaço onde o sinal se faz soar. É como atirar mel e vê-lo espalhar-se em câmara lenta.
Os espaços reverberantes mais comuns são as igrejas, desenhadas acusticamente para que o som pareça se prolongar até aos céus. Esta sensação de alongamento da duração do som chama-se de reverberação=reverb.
Os efeitos de reverb procuram replicar este prolongamento, em diferentes graus, criando uma ilusão de espaço a partir do som original. É assim que se criam ambientes mais atmosféricos, e se dá outra dimensão a instrumentos que, sem esse efeito, não teriam a mesma expressão.
História do reverb
O efeito de reverb já existia naturalmente em gravações, dependendo do espaço em que as bandas e os músicos tocavam. Como a fidelidade não era muito boa, o reverb não assumia grande importância no produto final mas, a partir dos anos 40, alguns engenheiros de som tentaram criar reverb de forma artificial em estúdio.
O primeiro a consegui-lo foi Bill Putnam, um dos grandes pioneiros da engenharia de som. Putnam criou uma câmara de reverb na casa de banho do estúdio onde trabalhava e fez a primeira gravação comercial com este efeito com a ajuda dos Harmonicats, em 1947.
Ah, quando a música pop era feita em harmónicas diatónicas…
Vejam harmónicas no Salão Musical
O método era simples: o som original era enviado e reproduzido por uma altifalante numa câmara de eco criada numa divisão à parte do estúdio O áudio espalhava-se pelo espaço até ser captado por um microfone, que o reenviava para a consola do engenheiro de som. Era uma forma de explorar o reverb natural dessa divisão, muitas vezes espaços com paredes e ângulos desiguais revestidos de azulejo. Depois, o resultado era misturado com o sinal original.
Tipos de reverb
Nem todos os estúdios tinham um espaço dedicado para esse efeito. Um estúdio, por desenho, tem um mínimo de áreas reflectoras de som, pelo que era necessário criar mecanismos que simulassem a reverberação. O primeiro mecanismo foi uma placa de metal para onde o som era dirigido e novamente captado. Estava inventado o plate reverb.
Como ter uma placa de metal pendurada não dava muito jeito, especialmente em palco, foi necessário criar um sistema mais compacto. Substituíram-se as placas por uma caixa com molas (que ainda podemos encontrar em muitos amplificadores) e surgiu um novo tipo de reverb: o spring reverb.
Com o advento dos computadores, tornou-se possível replicar esse efeito digitalmente e passou a existir o digital reverb, que se tornou muito mais configurável e mudou a música para sempre, criando ambientes sonoros que nunca tinham existido até então.
O processamento digital tornou-se o melhor amigo dos fãs de reverb, que não só têm um universo de pedais e pedaleiras com estes tipos de reverb e variações, como podem usar no seu estúdio caseiro o convolution reverb. Basicamente, o convolution reverb é uma amostra - ou sample - das características de um espaço que depois é aplicado a um sinal sonoro. Ou seja, podem gravar uma guitarra no vosso quarto e colocar o reverb correspondente a uma sala de espetáculos específica.
O melhor é ouvir as diferenças e um resumo da evolução do reverb, com exemplos.
Se quiserem testar os vossos ouvidos, espreitem este vídeo também, onde podem tentar distinguir os diversos tipos de reverb com a ajuda de um pequeno quiz. Usem um bom par de auscultadores.
Vejam auscultadores no Salão Musical
O reverb a vossos pés
O reverb tornou-se num efeito fundamental para qualquer músico, surgindo diversas opções para criar e configurar a dimensão sonora do som do seu instrumento. Os primeiros e mais populares amplificadores a ter o efeito de reverb incorporado foram os da Fender. O som de reverb da marca americana foi tão importante que se tornou no padrão para todos os reverbs que vieram a seguir.
O Blues Junior IV é um excelente exemplo de como a Fender continua a levar o reverb em amplificadores para um novo nível, mantendo a sua essência icónica.
Vejam amplificadores Fender no Salão Musical
Mas o som de reverb típico da Fender não está só nos amplificadores. Recentemente, a lendária marca do sul da Califórnia apresentou o Marine Layer Reverb, um pedal de efeitos que está a maravilhar guitarristas em toda a parte pelo som, funcionalidades e, também, pelo preço.
O Fender Marine Layer Reverb oferece seis tipos diferentes de efeitos de reverberação, divididos em três categorias - Hall, Room e Special. Os botões com iluminação LED facilitam a sua utilização em ambientes escuros, o que os torna perfeitos para músicos em digressão.
É absolutamente espetacular, límpido e estabelece um novo patamar em pedais de reverb para guitarristas.
Vejam pedais de efeitos no Salão Musical
Modelação de reverb
Mas podem ir para além dos spring reverbs dos amplificadores tradicionais e dos pedais com o poder dos amplificadores modeladores. Os amplificadores de última geração utilizam a modelação digital para recriar sons clássicos de guitarra e também para dar uma nova dimensão aos efeitos tradicionais.
Um dos amplificadores mais populares pela sua versatilidade é o BOSS Katana nas suas diferentes versões. Com a ajuda do editor BOSS Studio, podemos dar um espaço completamente novo ao som da guitarra elétrica.
Este vídeo do JustinGuitar.com mostra como usar os diferentes tipos de reverb presentes no Katana (hall, spring, plate e mais) e como os configurar.
Agora que já sabem mais sobre o reverb e as suas qualidades, o que é que estão à espera? Visitem a loja online do Salão Musical e dêem uma nova dimensão ao vosso som.