Pianistas nacionais clássicos
Portugal tem enormes pianistas, reconhecidos internacionalmente,que têm tocado com os melhores maestros, orquestras e músicos clássicos mundiais. Vamos falar de três deles, um mais do que conhecido e reconhecido pelo público em geral, outro que é uma estrela praticamente estabelecida no mundo da música clássica e que prossegue o seu percurso ascendente, e, o último, é uma figura preponderante no percurso formativo dos melhores pianistas nacionais dos últimos anos.
Maria João Pires
Nome incontornável do piano nacional, Maria João Pires é dos poucos nomes transversais na cultura portuguesa, reconhecida como uma enorme pianista mesmo por quem nunca a ouviu tocar.
Aos 5 anos dá o seu primeiro recital e, depois estuda no Conservatório de Lisboa, para mais tarde partir para a Alemanha para prosseguir os seus estudos. O reconhecimento internacional surge quando vence o Primeiro Prémio do Concurso do Bicentenário de Beethoven em 1970, e desde então tocou com as melhores orquestras e maiores nomes da música clássica mundiais.
O que separa Maria João Pires dos demais é a sua sensibilidade na interpretação dos temas, a inteligência e fluidez com que aborda Bach, Beethoven, Brahms, Chopin Schumann, Schubert, Mozart e tantos outros compositores dos períodos clássico e romântico. É um verdadeiro tesouro nacional e um exemplo na cultura nacional, ao ter fundado o Centro de Belgais para o Estudo das Artes, no interior do país.
Artur Pizarro
Quer a solo, a duo, orquestras de câmara ou como solista com algumas das maiores orquestras do mundo, Artur Pizarro tem conquistado prestígio internacional graças à sua técnica desenvolta e virtuosismo. Começou a sua carreira profissional com 13 anos, apresentando desde então a sua inteligência e sensibilidade em palcos do mundo inteiro,. tendo ganho o Leeds International Pianoforte Competition, em 1990.
Pizarro procura não só interpretar os compositores e as obras de referência, mas também trabalhos menos conhecidos, sendo reconhecido pela sua versatilidade. Com vários discos editados, é um dos músicos portugueses mais profícuos da actualidade no panorama clássico internacional.
Jorge Moyano Marques
Se procurarem no currículo de alguns dos maiores pianistas nacionais dos últimos 25 anos, deverão encontrar o nome de Jorge Moyano lá pelo meio, como professor. Terminou o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional de Música de Lisboa em 1968, mas ainda fez o Curso de Engenharia Civil antes de se dedicar ao ensino do piano em exclusivo em 1975.
Com vários prémios nacionais, é também concertista, tendo participado nas temporadas de concertos da Fundação Calouste Gulbenkian e do Centro Cultural de Belém e ainda em diversos festivais, nacionais e internacionais, e com várias orquestras, como a Orquestra Gulbenkian, a Sinfónica Portuguesa, a Nacional do Porto, Metropolitana de Lisboa, Sinfónica de Tóquio, Orquestra de Câmara da Comunidade Europeia, entre outras.
Mais do que executante, Jorge Moyano é uma referência no ensino de excelência do piano em Portugal.
Havemos de voltar a outros pianistas, mais e menos jovens, que vão reforçando uma tradição de intérpretes de música clássica e contemporânea, cada vez mais reconhecida internacionalmente.
Se ficaram com vontade de praticar algumas escalas no piano, lembramos que no Salão Musical temos uma oferta diversificada e de qualidade em pianos verticais e de cauda, assim como serviços de manutenção e reparação. Basta espreitarem a nossa página.