Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958
Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958

Usamos cookies para lhe proporcionar uma melhor experiência. Ao navegar com os cookies ativos consente a sua utilização.

Configuração de cookies

Costumização
  • Cookies de terceiros para fins analíticos.
  • Mostre recomendações personalizadas com base na sua navegação em outros sites.
  • Mostre campanhas personalizadas em outros sites.
Funcional (obrigatório)
  • Necessário para navegar neste site e usar suas funções.
  • Identifique você como um usuário e armazene suas preferências, como idioma e moeda.
  • Personalize sua experiência com base em sua navegação.

História do Piano

História do Piano

A Evolução do Piano

Em 1655 (1731) nasceu em Pádua, Itália, Bartolomeo Cristofori que, desde criança, procurava uma maneira de produzir sons diferentes. Tornou-se um excelente construtor de cravos e foi convidado a trabalhar no palácio do Duque Ferdinando, em Florença, construindo cravos e cuidando dos outros instrumentos musicais da orquestra do Duque e aproveitava para pesquisar e experimentar. Supostamente, foi um incidente durante a construção de um cravo que fez surgir a ideia básica de um dos instrumentos mais populares da atualidade.

Surge assim, por volta de 1700, um instrumento cuja principal diferença para com o cravo era  ser capaz de emitir sons suaves e fortes, de acordo com a intensidade do músico, enquanto que no cravo, não. É aí que encontramos a origem da palavra “piano”, que em italiano significa “suavemente”. Uma publicação datada de 1711 apresentava um desenho do mecanismo por ele inventado em 1707 e aplicado num instrumento a que deu o nome de PIANO E FORTE. Esse instrumento foi exibido em 1711 e tinha uma caixa parecida com a do cravo, em forma de asa, mas muito mais resistente para que pudesse suportar as cordas de aço, pesadas e tensas. Em 1720 Christofori completa o primeiro modelo "comercial". O mecanismo desse PIANO E FORTE já mostrava importantes melhoramentos em relação ao modelo de 1707: Tinha sido acrescentado o sistema de "escape", um sistema que regulava a queda do martelo e um abafador por cada tecla. Não tinha pedal. Era um mecanismo que permitia tocar desde o mais suave pianíssimo até ao fortíssimo, daí o nome que lhe foi atribuído. De uma forma geral, pode considerar-se que a era do piano só começa entre 1765-1770 - época das primeiras sonatas de Haydn: salvo muito raras exceções, todas as composições para teclado anteriores a esta época eram destinadas ao órgão, ao cravo ou ao clavicórdio. A partir de 1773, o fabricante inglês John Broadwood aperfeiçoa consideravelmente a mecânica Cristofori Silberman e, entre 1769 e 1823, o francês Érard inventa a mecânica dita de «duplo escape» assente no princípio sobre o qual são construídos os pianos modernos. Esta mecânica permite uma maior precisão no ataque e torna possível as repetições rápidas, evitando que os martelos funcionem como abafadores sobre as cordas. A bem dizer a ideia não era nova: certas variedades de tímpanos do séc. XVI e os instrumentos de Cristofori estavam, desde 1726, equipados com mecanismos análogos. Mas a habilidade e a regularidade de funcionamento da mecânica de Érard, tinha feito deste grande fabricante o verdadeiro criador do piano moderno. Os aperfeiçoamentos posteriores não foram mais do que aperfeiçoamentos de pormenor: invenção do piano vertical (Inglaterra, 1807), da armação metálica (Estados Unidos da América, 1825), do princípio das cordas cruzadas (1832, U.S.A.), revestimento dos martelos com feltro, ampliação do teclado, etc. O piano é muito conhecido hoje em dia talvez por ter sido o principal instrumento usado por nomes sonantes da História da Música, como Carl Philipp Emanuel Bach, Mozart e Beethoven. Composto por um teclado de 88 teclas, o mesmo é um instrumento musical de corda percutida. O som é gerado pelo acionamento dos martelos de madeira, que percutem as cordas no seu interior. Durante o Sec XVIII, porém, quando o piano ainda estava a ser aperfeiçoado, duas nomenclaturas foram usadas para o designar: "pianoforte" e "fortepiano". Até hoje é comum elas aparecerem quando a referência é a pianos antigos ou a suas réplicas.

Réplica de um fortepiano Jean-Louis Dulcken (Munique, c. 1795)

Christofori faleceu em 1731 e não deixou outros seguidores além de Gottfried Silbermann, que copiou e deu seguimento às suas invenções. O mais talentoso seguidor de Silbermann foi um jovem de nome Johann Andreas Stein, que tomou como base os desenhos de Schroter e criou aquele que passaria a chamar-se o mecanismo de tipo alemão ou vienense.
A grande época do desenvolvimento do PIANO E FORTE aconteceu entre meados do Séc XVIII e o fim do Séc XIX. Foi também nessa fase que se começou a reduzir o tamanho, tentando passar do formato do tipo asa ou cauda, para os formatos verticais ou de mesa. Em 1775 já havia construtores de PIANOS na Alemanha, em Inglaterra, França e América.
A segunda metade do Séc XIX e no Séc XX, o piano já era um dos principais instrumentos musicais, uma consequência natural de sua versatilidade e grande aplicação na música ocidental. As décadas de 1910, 20 e 30 são conhecidas pelo auge da fabricação de pianos. A sua fabricação foi marcada por um alto controlo de qualidade e minuciosas horas de trabalho manual na fabricação de cada piano. Era praticamente um trabalho artesanal. Em mais de 300 anos de História, os pianos passaram por inúmeras transformações e melhorias até se tornar nos pianos de hoje. Designam-se “modernos” os pianos fabricados após 1890.

Em 1745 C. E. Friederici construiu o primeiro PIANO vertical e cerca de 1758 o primeiro PIANO de mesa. Este novo tipo (o de mesa) tinha uma caixa rectangular parecida com a do clavicórdio e as cordas eram colocadas no sentido do maior comprimento, paralelas ao teclado.
Ao longo desse período o nome PIANO E FORTE evoluiu para PIANOFORTE e depois para PIANO.

Depois de C. E. Friederici em 1745 e das experiências de Stein e outros, parece que só em 1780 aparece outro piano vertical, pela mão de Johann Schmidt de Salzburgo. Em 1800, nos Estados Unidos, John Isaak Hawkins constrói também um piano vertical com as cordas paralelas, sistema de escape, sistema de controlo da descida do martelo (atrape) e outras novidades (não tinha pedal). Apesar do mecanismo bastante avançado, não fez sucesso por ter uma sonoridade muito desagradável. O atrape (do francês - attraper - segurar) – é um sistema que impede que o martelo ao cair transmita impulso à tecla, o que seria sentido pelo executante. Apesar da notável evolução do piano vertical este continua a apresentar alguns problemas de difícil solução, tanto a nível mecânico como acústico. O facto das hastes dos martelos estarem em posição quase vertical dificulta a recuperação da posição de repouso. O movimento de retorno do martelo não se faz totalmente por ação da gravidade mas sim auxiliado pela ação de uma mola e de uma fita de tecido. Por outro lado o sistema de escape é um mal necessário. Como este também depende de uma mola, contribui para que o toque se torne menos agradável. A tecla, ao ser mais curta do que no piano de cauda, também tem menos flexibilidade, o que torna o toque menos dinâmico. No entanto não deve entender-se que o piano vertical é uma invenção infeliz. Atualmente, nos modelos de boa qualidade, os defeitos que ainda persistam estão bastante minimizados. Se deixarmos de lado os modelos mais pequenos, de sonoridade menos cheia, pode dizer-se que a generalidade das marcas apresenta produtos muito aceitáveis e de grande duração. O sucesso do piano vertical deve-se à diminuição de dois fatores importantíssimos, embora ambos com influência direta na qualidade: tamanho e preço. Em plena revolução industrial, a máquina a vapor abriu as portas à produção em grande série a custos mais reduzidos, permitindo fazer face à crescente procura. Pleyel, juntamente com Sebastien Erard, beneficiou de um golpe de oportunidade. Os seus aperfeiçoamentos no mecanismo do piano vertical coincidiram com o início da construção de prédios de apartamentos. No início do Sec XIX a cidade de Paris estava de tal modo congestionada que a alternativa foi construir daquela forma, com pequenas divisões e com escadas onde dificilmente caberia um piano de cauda ou de mesa. Quando a crise da falta de espaço começou a afetar outras cidades europeias, os potenciais compradores de pianos verticais aumentaram de número e os construtores alemães e ingleses optaram por seguir as pisadas de Pleyel e de Erard.

A marca Pleyel ainda hoje existe embora tenha sido vendida pelos herdeiros em 1934 e tenha passado já por vários proprietários. O mesmo aconteceu à marca Erard. Desde 1971 ambas estão associadas à Schimmel, fundada na Alemanha em 1885. A japonesa Yamaha, fundada em 1887, também está associada a esse fabricante. Nos E. U. A. só cerca de 1880 é que começam a crescer os primeiros prédios de apartamentos, o que justifica o atraso de popularidade do piano vertical.

A popularidade do piano vertical na Europa disparou em 1826 quando um construtor de nome Wornum, desenvolveu um mecanismo que combinava precisão com durabilidade. Esse novo mecanismo permitia repetir a mesma nota com maior velocidade. Ignace Pleyel, de Paris, adoptou e aperfeiçoou esse mecanismo. O sucesso foi tão assinalável que se tornou extremamente difícil vender pianos de mesa na Europa. O mecanismo Pleyel é actualmente usado em todos os pianos verticais, tendo sido introduzido apenas um melhoramento importante: no fim do Sec XIX os abafadores passaram a ser colocados abaixo dos martelos, o que os torna muito mais simples e eficazes. No entanto no início do Sec XX muitos fabricantes ainda colocavam os abafadores por cima dos martelos Na Alemanha o fabrico de pianos verticais começou a aumentar cerca de 1835, ao mesmo tempo que diminuía o número de pianos de mesa. Estes deixaram de ser construídos em 1860, vinte anos mais cedo que nos Estados Unidos. Os pianos alemães do fim do Séc XIX eram maiores e muito mais pesados do que os pianos franceses e ingleses. Enquanto nestes dois últimos países se continuava a construir pianos com chassis de madeira, os alemães, influenciados pelos americanos, já os construíam em ferro, com cordas cruzadas e com três cordas por cada nota. O sistema de cordas cruzadas permite que, na mesma caixa, estas sejam mais compridas do que no antigo sistema de cordas verticais e paralelas. Esses pianos tinham mais e melhor sonoridade e robustez do que os seus contemporâneos. Tinham também uma sonoridade muito aperfeiçoada mas o toque (sensibilidade do teclado) era bastante inferior ao dos melhores pianos de mesa americanos. Apesar disso nessa época os pianos verticais alemães monopolizavam o mercado europeu. No fim do Séc XIX os construtores americanos de pianos verticais usavam mecanismos mais complexos, mais caros e de toque menos agradável do que os alemães. A pouco e pouco todos eles copiaram o sistema mais vantajoso.

Em 1825 a Loud Brothers apresenta um piano de cauda com 88 notas em vez das 85 do piano de mesa da Steinway & Sons. O também famoso Jonas Chickering patenteou o seu chassis de ferro para piano de cauda em 1843. Só em 1859 (quatro anos depois do seu piano de mesa) a Steinway apresenta o seu piano de cauda com chassis mono peça reforçado e cordas dispostas em posição cruzada. Depois da Expo de Londres em 1862, os construtores alemães e Austríacos adoptaram o sistema americano enquanto os ingleses e franceses se mantiveram fieis às cordas paralelas e chassis reforçado com barras de ferro durante mais alguns anos. Em Inglaterra os mestres carpinteiros conseguiram modificar o formato da cauda do piano eliminando os cantos angulosos para adotar a forma arredondada que se usa atualmente. Em vez de tentar dobrar uma tábua para fazer as curvaturas, tarefa impossível naquela época, optaram por usar pequenas peças de madeira que eram coladas umas às outras logo no formato arredondado que se pretendia. O piano de concerto de hoje pode-se considerar um modelo de perfeição tecnológica e acústica. Desde o final do séc. XIX que a pouco e pouco se foi libertando de todas as invenções menos felizes e se tornou numa reunião das melhores ideias dum grande número de mestres construtores. Atualmente a evolução tem sido mais na área da escola dos materiais de construção do que propriamente na evolução dos sistemas, já muito aperfeiçoados. Tem a caixa construída em contraplacado do tipo marítimo, isto é, com as lâminas todas da mesma espessura, sem nós ou uniões em cada placa e colado com cola à prova de água. A construção em contraplacado torna-se mais sólida do que em madeira do tipo "tábua". Algumas peças do mecanismo podem ser de plástico, sem qualquer influência na qualidade do som. Usam-se também materiais modernos tais como os alumínios para os chassis do mecanismo, parafusos inoxidáveis, colas à prova de água, etc. O chassis de um piano de concerto moderno suporta uma tensão vizinha de trinta toneladas. O tamanho de um piano moderno de concerto ronda os 2.70 metros e tem 88 notas. A Ludwig Bosendorfer, de Viena, constrói um modelo com 97 teclas, 2.90 metros de comprimento com cerca de 750 kilos. É o Bosendorfer Imperial, por muitos considerado o melhor piano do mundo.

Atualmente fabricam-se pianos de cauda com comprimento a partir de 1.50 metros. Para uma sonoridade cheia e interessante são necessários pelo menos 1.70 metros. Para se fazer ouvir numa grande orquestra usam-se os maiores modelos, com comprimentos que podem chegar aos 2.90 metros. O mercado dos pianos modernizou-se, popularizou-se e emigrou para os países como a China, Indonésia, Coreia e Japão. Mais de 80% dos pianos produzidos no mundo são fabricados nestes países.

Caraterísticas e pormenores da construção do Piano

1. Armação de ferro

As cordas de um piano afinadas a diapasão normal 440Hz fazem uma tensão de cerca de 22 toneladas nas extremidades. Inicialmente a criação da armação de ferro deu-se pela necessidade de aumentar a resistência estrutural do piano. No entanto, era um corpo a mais interferindo e interagindo indiretamente no produto final do instrumento. Assim, mais uma difícil tarefa para os ilustres fabricantes e seus engenheiros. A armação de ferro deveria ter forma e massa de metal para interferir o mínimo possível na sonoridade do instrumento. 

2. Cepo

É muito comum ouvir as pessoas dizerem que o cepo do seus pianos é de metal. Isso está errado. A palavra “cepo” significa “madeira”. E, assim sendo todo cepo de piano é de madeira. Na imagem a seguir, temos o desenho em corte de um cepo de piano de cauda. Os cepos em geral são em camadas que, entre outros motivos, aumenta a sua resistência.

3. Tampo harmónico

O tampo harmónico de ressonância tem uma função bem parecida com a do tampo da guitarra. Ambos, inclusive, têm leques (pequenas ripas em madeira) que fazem com que o som se espalhe por toda a tábua harmónica. Essa madeira também tem função sonora e, por essa razão, deve ser selecionada cuidadosamente para esse tipo de função. Cada fabricante usa suas próprias medidas em termos de dimensões e espessuras.

4. Corpo,caixa ou móvel

Os instrumentos acústicos possuem um corpo que terá direta ou indiretamente uma função acústica, por isso, a classificação instrumento acústico. De acordo com o tipo de instrumento, o corpo terá mais ou menos atuação acústica. No caso do piano, esta atuação é quase que inexistente. A caixa de um piano tem o principal objetivo de unir ou sustentar toda a estrutura interna. 

5. Teclado

Um teclado de piano nada mais é que um sistema de alavanca, ou seja, um pedaço de madeira (tecla), dois pinos (um de fixação vertical – equilíbrio – e outro de fixação horizontal – posicionamento) . Vejamos exemplo a seguir:

No exemplo a seguir, podemos observar o movimento da tecla do piano em torno do pino de fixação para o movimento vertical.

No exemplo a seguir, podemos observar o movimento da tecla do piano em torno do pino de fixação para o movimento horizontal. (para os lados).

Nota: o pino de fixação para o movimento horizontal (posicionamento) tem como principal objetivo fazer com que as teclas não se movam para os lados, enquanto o pino de fixação de movimento vertical (equilíbrio) tem como objetivo impedir que a tecla se mova para frente e para atrás.

6. Máquina do piano

A maior parte das peças da mecânica de um piano são em madeira. Este facto deu início a uma grande e bela história evolutiva da física instrumental do piano, utilizando cada vez mais a tecnologia de ponta disponível. As maiores indústrias de piano do mundo, como a PEARL RIVER, YAMAHA,STEINWAY, BÖSENDOLFER, entre outras, construíram nas suas fábricas grandes centros de tecnologia para o estudo e aperfeiçoamento. Alguns equipamentos tecnológicos, como software, são desenvolvidos especialmente para o aperfeiçoamento da fabricação do piano.

A seguir, imagens da máquina dos pianos. A primeira mostra o sistema de ação do piano vertical. A segunda mostra o sistema de ação do piano de cauda, tendo em vista que a conceção de ação entre os dois tipos de sistema são quase o mesmo. 

7. Pedais

Os dois sistemas de pedais, seja de piano vertical ou de piano de cauda, oferecem uma concepção quase igual no que se refere a forma de funcionamento. Porém, o sistema de pedais de um piano vertical envolve um conjunto de peças mais interessantes, além de poder ser visto com mais facilidade. 

Em cada uma das barras horizontais existe uma mola curva em formato de “C”, que fica posicionada quase no centro da barra horizontal (também servindo como ponto de equilíbrio) e permite que o pedal volte sozinho ao seu estado inicial. O sistema de pedais de um piano vertical funciona com a mesma conceção de um sistema de alavanca, assim como o sistema de teclas. As barras horizontais são conetadas com as barras verticais por meio de um pino de encaixe. Então, quando pisamos o pedal, baixamos uma das extremidades da barra horizontal, enquanto a outra se levanta. Por sua vez, essa outra extremidade que se levanta, empurra para acima a barra vertical, acionando assim sua função de destino. Se for o pedal da surdina, a alavanca (que fica dentro da máquina do piano) aproxima todos os martelos da corda, diminuindo a distância entre eles e, consequentemente, diminui a força da pancada, o que proporciona um som de menos volume. Inversamente ocorre na ação do sistema de sustain e do abafador. Quando pisamos o pedal de sustain (baixando assim um das extremidades da barra horizontal), a barra vertical sobe acionando a alavanca dentro da máquina do piano e, consequentemente, afastando os contra-abafadores das cordas, o que permite que o som soe livremente. O sistema de pedal de abafador funciona da mesma forma que o pedal de sustain, sendo que, ao invés de afastar os contra-abafadores das cordas (proporcionando um som livre), desce a barra com feltro que se antepõem entre os martelos e as cordas, abafando o som.

8. Encordoamento do Piano

As cordas de um piano apertadas no diapasão em 440Hz, fazem uma pressão de toneladas nas extremidades em que estão presas. Se a afinação estiver no padrão de orquestra (diapasão em 442Hz), a pressão será ainda maior. Nenhuma das cordas do piano tem o mesmo comprimento. No piano, existem notas com uma, duas e até três cordas. Quando a nota tem mais de uma corda, estas deverão ter a mesma espessura. Para que uma nota atinja corretamente o seu ponto de afinação dentro de uma escala, não basta somente apertar a(s) corda(s) referente(s) àquela nota. Essa(s) corda(s) deve(m) respeitar uma proporção matemática entre a espessura da corda e seu comprimento. As cordas do piano são basicamente dividias em dois tipos: Cordas e Bordões. As cordas são de arame de aço liso somente, sem nenhum tipo de enrolamento. Já os bordões, são constituídos de cordas lisas envolvidas uma, duas ou três vezes em arames de cobre com espessuras diferentes. Vejamos a seguir.

9. Reforço estrutural

Reforço estrutural significa reforçar a estrutura. O peso de um piano, seja ele vertical ou de cauda, é mais pequeno quando comparado à pressão a que o instrumento está submetido pelas cordas. O objetivo é o de criar reforços no corpo do piano que o ajude a suportar não só o peso de todos os componentes internos, mas também toda a grande pressão imposta pelas cordas afinadas no diapasão. Normalmente, o reforço estrutural é constituído por toras maciças de madeira localizadas na parte posterior do piano. No exemplo a seguir, aponta-se para o reforço estrutural.

10. Tampas

As tampas do piano (seja vertical ou de cauda) têm a função de melhorar a proteção de seus componentes internos contra a poeira e outros agentes contidos no ar, que podem diminuir o tempo de vida útil do instrumento, bem como o bom funcionamento dos sistemas mecânicos. Em geral, as tampas dos pianos verticais e de cauda são da seguinte forma:

Algumas informações dos cuidados a ter com o seu piano

Afine o seu piano regularmente.

A afinação do seu piano deve ser feita com regularidade, de preferência de seis em seis meses, dependendo também da região em que o piano se encontra e do uso que se lhe dá. Uma afinação anual é o mínimo indispensável em que deverá mandar afinar o seu piano. Se é pouco tocado 2 horas por dia por exemplo, vai desafinar mais lentamente que um piano que é tocado 6 a 8 horas diárias. Outros factores levam também à desafinação do piano, a sua localização geográfica, as variações climáticas, a temperatura, a humidade, entre outras. A humidade e a temperatura expandem e contraem a madeira e o metal com que o piano é construído, desafinando-o.

Limpeza do seu piano:

Nunca retire as tampas frontais do seu piano nem toque nos sistemas de pedais e de mecanismo, deixe isso na mão de um profissional. O móvel pode ser limpo com um pano macio, as teclas com um pano húmido e macio, seguidamente com um pano seco, nunca com álcool ou solventes.

Nunca coloque objetos em cima do piano, isso pode produzir manchas e marcas. Se você é um desses pianistas que não resiste à tentação de ter um busto de Mozart ou a foto do seu ente querido sobre seu piano, coloque um pano sob o objeto, evitando assim o contacto direto com o polimento do piano. Nunca deixe sobre o piano copos com água ou qualquer outro líquido. Se for derramado algum líquido este poderá chegar á mecânica e às cordas do piano e haverá sérios danos. Na mecânica do piano as peças metálicas poderão oxidar bem como alguns delicados pinos de articulação dos mecanismos da máquina. Os feltros irão absorver o líquido e também poderão ter sérios danos.

Não deixe objetos como lápis, borracha e clips em cima do teclado do seu piano, principalmente se este for de cauda. Estes objetos podem vir a cair entre as teclas, ocasionando o travamento de certos mecanismos que ao serem forçados, podem partir.

Localização do seu piano no interior da casa:

Recomendamos que o seu piano fique de preferência numa parede interior da casa, evitando assim grandes diferenças de temperatura. O piano não deve ficar em caso algum sob a luz direta do Sol.

Transporte do seu piano:

O piano apesar de ser um instrumento robusto, é muito sensível e delicado. No transporte procure pessoal especializado para o realizar. Não se deixe seduzir por preços tentadores ou empresas de mudanças que não possuam conhecimento adequado. Qualquer movimento mal feito por carregadores inexperientes pode danificar o seu piano, além dos prejuízos que podem causar na sua casa. Os estragos causados ao instrumento num transporte que não seja feito por profissionais podem afetar definitivamente o desempenho do seu piano.

O piano é um instrumento musical fabricado para durar muitas dezenas de anos, mantenha-o sempre em boas condições de utilização e desfrute-o.

Salão Musical de Lisboa

Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958

Salão Musical de Lisboa

Crie uma conta gratuita para guardar produtos favoritos.

Registar