Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958
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Como evoluir como músico

Publicado por2019-02-18 por 3787
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Um músico está sempre a aprender. Mas o que podem fazer para pegarem nessa paixão e evoluir?

Um músico está sempre a aprender. Mesmo que não seja a vossa ocupação profissional, vocês querem saber mais e melhorar porque a vossa paixão é a música. Mas o que podem fazer para pegarem nessa paixão e evoluir?

Os passos a tomar são simples e a maior parte já deve fazer parte da vossa rotina. A diferença está em ter uma atitude deliberada nestas atividades, para estarem mais atentos e aplicarem os vossos conhecimentos mais depressa. Esse é o primeiro passo: terem uma intenção no que fazem.

Ouvir

Um dos “segredos” do bom músico é ser um bom ouvinte. Há quem não perceba isto e goste só de se ouvir a si mesmo. Não sejam essas pessoas. São chatos e não são bons músicos.

Se gostam de tocar um género musical específico, terão que ouvir tudo o que puderem para apreenderem a linguagem específica desse estilo. Que progressões harmónicas usam, que tipo de escalas se aplicam, qual é o ritmo, que instrumentos são usados e qual é a sua estética sonora?

Este tipo de questões aplica-se ao blues, ao heavy metal, à bossa nova, à música de dança eletrónica. Todos os estilos têm as suas convenções, e se querem tocar um em particular, têm que saber que componentes tem como funcionam todos em conjunto. Mas ouçam outros estilos também, e até géneros musicais que não costumam consumir.

Saber ouvir música ajuda a saber tocar e interpretar música. Se sabem o que se passa, mais facilidade terão em saber o que fazer.

Praticar

Praticar é fundamental. Não confundam praticar com dar uns toques enquanto estão à espera da hora de jantar. Praticar deve ser acção intencional, com um objetivo: rever uma peça que aprenderam, fazer escalas, rever os fundamentos de teoria musical ou de postura no vosso instrumento.

20 a 30 minutos por dia chegam perfeitamente, mas façam regularmente sessões mais intensivas e longas, no mínimo de uma hora. Aprendam músicas ou peças novas, revejam as antigas, toquem as vossas escalas e variem. Com o tempo é normal ficar desleixado com alguns dos aspetos básicos da execução, e ganhamos maus hábitos que depois são difíceis de perder, por isso, voltem aos exercícios e teorias fundamentais. Mantenham-se afinados e usem metrónomo.

A prática faz a perfeição, mas antes de serem perfeitos precisam de ser fluentes, descontraídos e consequentes.  

Aprender

É tão fácil aprender música e sobre música hoje em dia. Já vos demos algumas sugestões de sites, podcasts, livros que vos podem ajudar a aumentar o vosso conhecimento musical, se estão em modo autodidata.

Ter um professor ajuda muito (também conhecemos uma escola com muitos e bons professores). O acompanhamento próximo permite uma evolução mais rápida, e um conhecimento musical e técnico mais fundamentado e organizado.

Se não está nas vossas possibilidades ter aulas, podem sempre recorrer aos milhões de vídeos que estão disponíveis no YouTube, muito úteis até para esclarecer questões pontuais que possam ter sobre um estilo ou sobre como aplicar uma determinada técnica.

Leiam sobre teoria musical, para perceberem não só as diferenças entre tons maiores e menores mas também o que é a sequência Fá-Dó-Sol-Ré-Lá-Mi-Si. Leiam sobre música e sobre músicos, vivos ou mortos, antigos ou atuais, há histórias incríveis, e há sempre algo de novo para descobrir. Se não gostam de ler, vejam documentários.

Aprendam instrumentos novos, mesmo que sejam da família do vosso instrumento preferido. Um ukulele pode ser muito interessante para um guitarrista, ou mesmo um baixo. Um cajón é impecável para bateristas que não param de batucar nas mesas de café, mas bateria também pode ser muito interessante para um pianista um violoncelista.

Tocar outro instrumento implica uma aproximação nova e uma atitude mental diferente da que estamos habituados. As opções são muitas, as possibilidades podem ser muito acessíveis e as vantagens enormes. E  benefício é imediato, pois podem aplicar o que aprenderam com um instrumento na forma como tocam outro. Por exemplo, podem pegar em inversões de acordes que aprenderam no piano e aplicar aos acordes que fazem na guitarra.

Praticar

Não nos estamos a repetir. Para além de praticar em casa, têm que praticar em conjunto. Podem fazê-lo com amigos, mesmo que toquem outros géneros que não gostem. Se pensarem que música é um ou todos estes elementos combinados - ritmo, harmonia, melodia - então podem participar com a parte que sabem melhor.

Procurem bares com música ao vivo que tenham noites abertas, vejam o que os outros fazem, mostrem o que sabem fazer. Para além de puxar pela capacidade de improviso e conhecimento musical, dá-vos tempo de palco.

Tocar com outras pessoas aumenta a nossa versatilidade musical, e obriga-nos a estar atentos aos outros músicos, e ver o que estão a fazer de interessante para aprendermos a fazer isso também.

Apoiem quem está a aprender, isso é que é ser virtuoso. Um músico pouco dotado tecnicamente pode ter o maior feeling do mundo, e às vezes só precisa de alguém que o acompanhe.

Se não conseguem tocar com outras pessoas, então toquem ao som de músicas na rádio (um desafio interessante é tirar uma música de ouvido no tempo em que a música está a passar na rádio), toquem por cima dos vossos álbuns favoritos, vejam concertos em vídeo e toquem como se estivessem em palco. Imitem, copiem, improvisem por cima. É menos interativo, mas igualmente útil.

Ouçam outra vez

Gravem uma sessão vossa, em vídeo ou áudio, e analisem se tiram um bom som do vosso instrumento, se têm ritmo e tempo consistente, se as vossas escolhas de acordes e progressões são sempre as mesmas, se as linhas melódicas que fazem repetem-se mesmo quando fazem solos. Por vezes descobrimos tiques que não imaginávamos que tínhamos e que nos impedem de soar melhor e ter uma linguagem musical mais avançada.

Se têm um telemóvel podem registar as vossas sessões sempre que quiserem. Comparem com gravações antigas e vejam onde é que evoluíram ou o que ainda precisam de melhorar. Decidam se precisam de aulas ou de praticar com mais afinco.

Ouçam o vosso material. O vosso instrumento precisa de ser recalibrado? O amplificador já teve melhores dias? Precisam de cordas novas? Um bom som e um instrumento capaz ajuda a manter-nos motivados. O que nos leva ao último passo deste ciclo.

Motivem-se

Exijam mais de vocês, mas não demasiado. Tenham objectivos: saber como e quando usar aquela escala, aprender uma música, dar um concerto numa festa de amigos, fazer músicas sozinho ou convidar outros músicos, seja no vosso círculo próximo ou online. Existem fóruns, plataformas colaborativas, amigos de amigos. Saiam da vossa zona de conforto para expandir o vosso domínio musical.

Divirtam-se, é fundamental. Se não se divertem a fazer isto não vale a pena. A música deve ser um prazer, uma fonte de alegria, um desafio, um espaço de liberdade na vossa vida. Se for um frete, de certeza que há outras coisas mais interessantes para fazer com o vosso tempo.

Como nunca se pára de aprender música, podem passar o resto da vida a chegar a este ponto, voltar ao início e repetir. Os resultados vão aparecer de certeza, se há paixão há evolução.

E que melhor motivação pode haver do que um instrumento novo? Ou equipamento mais avançado? Um brinquedo novo dá muito mais vontade de brincar não é? Vejam a nossa loja online e pensem no instrumento que querem levar convosco para o próximo nível.

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