Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958
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Fabricar instrumentos de forma sustentável

Publicado por2019-04-10 por 4100
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O Salão Musical de Lisboa tem muita escolha em instrumentos amigos do ambiente. Sejam responsáveis, e semeiem música com instrumentos sustentáveis.

Para uma guitarra soar bem tem mesmo de ser feita com a madeira de uma espécie em vias de extinção? Não respondam ainda.

A madeira usada na construção de um instrumento é importante por duas razões: som e durabilidade. É a madeira que define e dá cor ao som e, se for bem tratada, é mais resistente e dá maior longevidade ao instrumento.

Já devem ter reparado, mas muitos instrumentos à venda hoje em dia usam materiais diferentes dos que nos habituámos a ver. Podem pensar que as marcas estão a usar recursos de segunda categoria para os seus produtos, mas a verdade é que há um esforço da indústria para se usarem matérias primas viáveis, acessíveis e sustentáveis.

Uma guitarra de qualidade pode ser fabricada com madeiras de espécies tropicais cada vez mais raras como o mogno, pau-ferro e o ébano, que representam o 1% superior (as melhores madeiras) de toda a madeira vendida no mundo. O mogno, por exemplo, é muito procurado pela baixa velocidade de transmissão de som e ressonância.

Como uma grande procura aumenta o seu valor, de acordo com a Forest Legality Iniciative, o  valor de algumas madeiras é tão elevado que só o pau-ferro movimenta um terço de todo o comércio ilegal de espécies selvagens, superior ao valor total do tráfico de coral, marfim, corno de rinoceronte, pássaros e répteis.

Para enfrentar este problema, o CITES (Convention on International Trade in Endangered Species ), em 2017,  regulamentou o fim da comercialização de algumas espécies, devido à exploração florestal indiscriminada e, muitas vezes, ilegal. Nessa lista estavam o género Dalbergia, que inclui uma madeira muito utilizada no fabrico de instrumentos musicais conhecida por Brazilian Rosewood, e o pau-ferro.

Esta regulamentação lançou o alerta entre os fabricantes que, de repente, ficaram proibidos de usar alguma das espécies mais comuns no fabrico de guitarras, e não só. Era altura de mudar.  

Algumas das marcas que o Salão Musical de Lisboa tem em catálogo estão a ter um papel importante na renovação destes recursos ambientais, promovendo explorações sustentáveis e a recuperação das áreas exploradas, e uma gestão florestal responsável.

A Toca Percussion usa madeira criada em plantações amigas do ambiente, e tratada em fornos alimentados a energia solar. A Yamaha tem uma política avançada de uso sustentável de recursos, particularmente no uso de madeira e de água nos seus processos de fabrico. A Guild e a Fender também se juntaram a este movimento e há já alguns anos que são responsáveis na escolha das madeiras que usam.

Outras marcas estão a usar materiais plásticos como o ABS, e outros polímeros resistentes para fabricar componentes ou instrumentos de última geração, que são mais resistentes e duráveis do que a madeira, mas sem perder o seu valor acústico.

Por exemplo, a Kawai usa ABS e fibra de carbono em diversos componentes da acção dos seus pianos. Esta tecnologia, designada por Millenium III, evita os problemas dos componentes em madeira que se alteravam de acordo com as condições atmosféricas e de humidade, ao uso regular e aos impactos, fazendo com que a mecânica do piano se mantenha estável e em boas condições durante muito mais tempo, sem perder qualidade no som.

A John Packer, um dos mais importantes fabricantes de instrumentos de sopro usa o mesmo material no fabrico de clarinetes, assim como a Yamaha o faz com a Venova.

Mas todo este esforço não depende só das marcas. Os músicos também têm que reconsiderar as suas expectativas sobre o tipo de materiais que devem ser usados no fabrico dos seus instrumentos. Um guitarrista espera um corpo de abeto, o braço de mogno e uma escala em ébano. Mas, voltando à questão inicial, será mesmo necessário?

Não. Existem outras alternativas sustentáveis e que oferecem a mesma sonoridade e qualidade. Ou, ficam suficientemente próximas para ninguém dar pela diferença:

E há mais madeiras por onde escolher. Não é preciso destruir florestas para se fazer música.

Como viram, têm muita escolha em instrumentos amigos do ambiente no Salão Musical de Lisboa. Sejam responsáveis, e semeiem música com instrumentos sustentáveis.

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