Artimúsica: mãos, alma, arte e tradição
A empresa é recente mas a história já vem de longe. A Artimúsica é uma marca de referência no fabrico de instrumentos tradicionais, que se distingue pelas técnicas artesanais e métodos utilizados, e reconhecida por várias entidades do setor pela sua qualidade. E, principalmente, pelos músicos que usam os seus instrumentos.
A razão deste sucesso é simples: na Artimúsica, “cada instrumento é por nós considerado e tratado como uma verdadeira obra de arte e peça única.” As palavras são de Nilsa Alves, uma das responsáveis pela marca, que nos explicou um pouco da história da empresa e de como a qualidade de cada instrumento nasce das mãos de quem os faz, mas cresce também nas mãos de quem os toca.
Quais são as origens da Artimúsica?
A Artimúsica Instrumentos Musicais, Lda. foi oficialmente fundada em Setembro de 1992 e tem como objetivo a construção artesanal de instrumentos tradicionais portugueses.
O método tradicional de construção foi iniciado há mais de 100 anos pelo mestre Joaquim José Machado, avô dos atuais mestres Manuel Carvalho e José Carvalho, e constitui ainda hoje a base para esta arte de fabrico.
Numa sociedade de consumo massificado e de produtos descartáveis, qual é a importância de se manter o lado artesanal no fabrico dos vossos instrumentos?
Existe uma ideia - que em parte é da nossa responsabilidade - que a Artimúsica é uma fábrica. A Artimúsica é uma oficina, um bocadinho maior do que a ideia que existe associada à mesma, onde os instrumentos são construídos - e não fabricados - de forma artesanal. Procuramos manter-nos o mais possível fiéis os métodos de construção artesanal, é o que nos diferencia, é o que nos distingue e é nesse caminho que pretendemos continuar.
Que instrumentos são mais procurados ou representativos da produção da Artimúsica?
Na Artimúsica fazemos todos os instrumentos tradicionais de cordas Portugueses, mas há uma maior procura do Cavaquinho e das Guitarra de Fado.
Nas Violas, há mais pedidos para a Campaniça e a Braguesa.
Assistimos a um ressurgimento do interesse nos instrumentos e músicas tradicionais nacionais, quer em Portugal, quer no estrangeiro. Isto quer dizer que os tempos estão bons para quem os constrói?
Sempre consideramos que os tempos foram e são bons para os construtores. Existe é um maior interesse de estrangeiros nos instrumentos tradicionais. Apesar de haver uma maior divulgação da procura que os nosso instrumentos tradicionais estão a ter, o facto é que ela sempre existiu, talvez menos publicitada.
Como é o processo de fabrico de um instrumento Artimúsica, desde a escolha dos
materiais até o colocarem numa caixa e o enviarem para as lojas que comercializam os vossos instrumentos?
O processo começa na escolha e seleção das madeiras e no tratamento que lhe é dado, sendo que apenas utilizamos madeiras maciças. Respeitamos não só os tempos de secagem natural, que as madeiras exigem para serem trabalhadas, bem como, nas diferentes etapas, os tempos de secagem das colas e consolidação do instrumentos como um todo.
E o que é que dá a alma aos instrumentos Artimúsica?
As mãos que as constroem e o músico que as toca.
E cada peça é realmente única, e uma pequena obra de arte. No Salão Musical de Lisboa temos instrumentos feitos com as mãos e a alma da Artimúsica. Faltam apenas as vossas. Vejam o nosso catálogo.