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Dia Mundial do Saxofonista

Publicado por2019-11-06 por 9705
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6 de Novembro é o Dia Mundial do Saxofonista e, para esta ocasião, vamos apresentar-vos alguns dos novos nomes que estão a soprar vida nova neste instrumento

6 de Novembro é o Dia Mundial do Saxofonista e, para esta ocasião, vamos apresentar-vos alguns dos novos nomes que estão a soprar vida nova neste instrumento tão apreciado pelos amantes do jazz.

O saxofone tem uma história rica e fascinante. É um instrumento relativamente recente, pelo que só alguns compositores modernos o usaram para composições orquestrais, mas o seu espírito solista e gama expressiva levaram-no a que fizesse parte da tradição musical de um dos géneros musicais fundamentais do século XX: o Jazz.

John Coltrane, Lester Young, Coleman Hawkins, Charlie Parker, Sonny Rollins, Stan Getz, Eric Dolphy e tantos outros mudaram e fizeram avançar a música moderna com um saxofone nas mãos, influenciando músicos de todas as gerações seguintes em todos os géneros que os souberam ouvir.

Mas estes são os clássicos, e como o Dia Mundial do Saxofonista é um dia para ser celebrado e não para viver no passado, vamos conhecer alguns saxofonistas que estão a levar este instrumento ainda mais além.

Colin Stetson

Dividido entre os EUA e o Canadá, Stetson nasceu em 1975 e pode ser definido como um músico bastante eclético. Tanto toca com Tom Waits, Arcade Fire ou Bon Iver, como se decide a reinterpretar a 3ª Sinfonia de Henryk Górecki.

A sua versatilidade musical reflecte-se na enorme lista de colaborações, tão diversa em nomes e estilos que nela se incluem nomes como os Chemical Brothers, Bill Laswell ou David Byrne, The National e Laurie Anderson. É que Stetson é um inovador, para além de um saxofonista excepcional, por utilizar técnicas pouco convencionais que trazem novos sons a um instrumento que parece ter ainda muitas sonoridades por explorar.

A carreira de Colin Stetson é tão rica que, para além das colaborações e discos em nome próprio, colabora ainda em bandas sonoras de filmes de relevo como 12 Anos Escravo, séries de anime, ou jogos de computador como o Red Dead Redemption.

Soweto Kinch

Nascido em 1978, Soweto Kinch começou a aprender saxofone aos 9 anos mas foi após ter encontrado Wynton Marsalis que se apaixonou pelo Jazz. Mas, como músico moderno que é, inserido num panorama musical rico e diversificado, Kinch tem colaborado em projectos que vão para além do Jazz, como o Hip Hop, em que assume os papéis tanto de MC como de produtor, o que pode ser algo surpreendente para um licenciado em História Moderna pela Universidade de Oxford. Ou perfeitamente óbvio.

Multi-nomeado e premiado nos Mercury Music Prizes, UMA Awards e outras distinções, Soweto Kinch tem ido buscar inspiração tanto à Divina Comédia de Dante como às músicas de trabalho e ao blues dos finais do século XIX. Este músico tem visitado Portugal nos últimos anos, por isso estejam atentos a novas oportunidades de o ver e ouvir ao vivo.

Kamasi Washington

Kamasi Washington é o novo profeta do saxofone, e tem marcado a última década com as suas interpretações e desvios que estão a levar o jazz para novos caminhos. Nascido em 1981, este músico californiano tem procurado inovar a partir da tradição quer jazzística quer da restante música negra norte-americana como a soul, o funk e o hip hop, com uma voz original e uma personalidade marcante.

Kamasi Washington é um músico da sua geração, integrando no seu trabalho conceitos musicais diversos e questões sociais actuais, navegando entre o que é terreno e o imaterial, como bem exemplificou no seu álbum de 2018, Heaven and Earth, onde podemos ouvir evocações clássicas de jazz sobre estilos mais contemporâneos. Mas também é capaz de fazer alguns desvios pela tradição clássica, reinterpretando Debussy.

É um músico que rapidamente se está a estabelecer como um dos nomes mais importantes na renovação de um género musical que já é também clássico, mas sempre pronto a renovar-se, como é o Jazz. Kamasi está sempre à procura de um novo desafio.

Ricardo Toscano

Portugal também está bem servido de saxofonistas e Ricardo Toscano é uma das melhores descobertas que podem fazer no jazz nacional, caso andem mesmo muito distraídos. Considerado com uma da maiores forças do jazz português actual, Toscano foi reconhecido em 2015 como Músico de Jazz do Ano pelo Jazz.pt, pelo JazzLogical e pelo programa 5 Minutos de Jazz. Tinha apenas 22 anos.

Nada mau para um músico que se tem rodeado por músicos da sua idade mas que parecem viver o jazz como veteranos. Toscano finalmente encontrou o caminho para as gravações em 2018, pela mão da Clean Feed, onde toda a sua capacidade inventiva e desarmante maturidade estão expressas naquele que foi considerado o melhor disco do ano para a especialidade.

Descubram o Song(s) of Hope de Toscano e companhia, e tenham esperança no que aí vem para o futuro do jazz e do saxofone em português.

Desidério Lázaro

Desidério Lázaro é outro dos nomes de relevo no saxofone nacional, com várias colaborações com outros músicos de renome como Mário Laginha, Alexandre Frazão, Black Mamba e Mafalda Veiga, demonstrando que é na variedade que está o ganho.

Lázaro explora tanto as linguagens clássicas do jazz como se dedica a explorar o lado mais contemporâneo, incorporando novos estilos e linguagens na sua música, desde o rock em Moving, o seu disco de 2018, ao groove mais intenso de Homegrown (2019).

Existem muitos mais outros saxofonistas modernos, nacionais e estrangeiros, que merecem ser celebrados neste dia. Se tiverem mais sugestões, partilhem-nas connosco nos comentários.

O Salão Musical de Lisboa tem ao vosso dispor uma selecção de saxofones para músicos que querem fazer de todos os dias o seu Dia do Saxofone.

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