Dia Internacional do Violino
13 de Dezembro é o dia escolhido para celebrar internacionalmente um dos instrumentos mais populares de sempre: o violino.
O violino é encarado por muitos como um instrumento da família nobre da música clássica, mas podemos encontrá-lo em diversas tradições musicais que vão desde os Balcãs à Ásia. A versatilidade e timbre do violino são colocados ao serviço quer de peças de Paganini como no gypsy jazz, no qual Stephane Grappelli foi o seu maior expoente.
Mas o violino pode ser ouvido em géneros de cariz mais tradicional, como o country e bluegrass, na música tradicional britânica e irlandesa, e na música klezmer.
O violino é o instrumento de arco mais comum pelo mundo fora. É o mais pequeno de uma família de instrumentos de cordas que inclui ainda a viola, o violoncelo e o contrabaixo. Mas é o petiz que domina as atenções e assume a primazia: um quarteto de cordas não tem um de cada um destes instrumentos, mas dois violinos, uma viola e um violoncelo.
Até nas orquestras se vê a importância do violino: o spalla, o líder do naipe de primeiros-violinos é o comandante da orquestra, a seguir ao maestro.
O violino foi inventado no século XVI por Gasparo de Saló, e é uma evolução de uma série de instrumentos tocados por fricção das cordas, muito populares no Império Bizantino no leste da Europa. A sua concepção manteve-se basicamente inalterada ao longo dos séculos, pelo que violinos mais antigos (especialmente se tiverem Stradivarius escrito) são muito apreciados e valorizados. Em 2006 um Stradivarius de 1729 foi leiloado por 3 milhões de euros.
Génio e violino
O violino é um instrumento perfeito para crianças de tenra iniciarem a aprendizagem musical, pelos benefícios no desenvolvimento cognitivo e motor dos mais pequenos. O violino é associado frequentemente ao génio, muito graças a personagens como Sherlock Holmes, que parecia gostar de assassinar peças em estocadas de arco enquanto não descobria o culpado do crime.
O detetive ficcional criado por Sir Arthur Conan Doyle tinha até uma certa obsessão por este instrumento, sendo proprietário de um Stradivarius, comprado em Tottenham Court Road por 55 xelins, sabendo que valia 550 guinéus. Num câmbio arrevesado de divisas antigas, foi uma pechincha a 0,5% do valor real.
Na verdade, Holmes, por artifício do autor, parece começar como um violinista mau e acaba como um executante de mérito. Talvez porque Conan Doyle lhe deu tempo para praticar nos intervalos dos seus mistérios. Moral da história: praticar é muito importante.
No mundo real, outros génios eram adeptos e virtuosos do violino. Enquanto não estava a desenvolver a sua Teoria da Relatividade, Einstein gostava de dar ao arco. Bem, de acordo com os que lhe eram mais próximos, ele usava a música para resolver os problemas científicos e equações que mudaram o mundo.
Einstein era um apaixonado do violino, sendo um praticante fervoroso desde os 6 anos de idade e chegou a dizer que, se não fosse cientista, teria sido músico. Nas suas próprias palavras, “Penso frequentemente em música. Sonho acordado com música. Eu vejo a minha vida em termos musicais.”
Outro génio que era um violinista aplicado foi Charlie Chaplin. Aos 16 anos praticava de 4 a 6 horas por dia e já era uma espécie de estrela local. Ao longo da sua vida levou o violino consigo e, nas pausas das filmagens dos seus célebres filmes, dedicava-se à música, tocando desde música clássica a música popular.
Chaplin demonstra a sua destreza e arte - cinematográfica e musical - neste excerto do filme Luzes da Ribalta, onde está acompanhado por Buster Keaton ao piano, se bem que Keaton não parece ser pianista. A música começa aos 5 minutos e 20 segundos do vídeo, mas antes reparem como Chaplin é um músico bem preparado para qualquer eventualidade.
Violino e Natal
Talvez por ser tão usado quer em música clássica quer na música popular, o violino associou-se ao Natal, interpretando peças orquestrais e acompanhando grupos corais, como nas serenatas natalícias que vão de porta em porta em diversas tradições cristãs.
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E Feliz Dia do Violino.