Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958
Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958

Usamos cookies para lhe proporcionar uma melhor experiência. Ao navegar com os cookies ativos consente a sua utilização.

Configuração de cookies

Costumização
  • Cookies de terceiros para fins analíticos.
  • Mostre recomendações personalizadas com base na sua navegação em outros sites.
  • Mostre campanhas personalizadas em outros sites.
Funcional (obrigatório)
  • Necessário para navegar neste site e usar suas funções.
  • Identifique você como um usuário e armazene suas preferências, como idioma e moeda.
  • Personalize sua experiência com base em sua navegação.

O versátil violoncelo

Publicado por2020-12-31 por 3302
Guardar
O timbre quente, a enorme margem para expressão e o seu som vibrante que ocupa as mesmas frequências da voz são algumas das razões da popularidade do violoncelo. Há séculos que este instrumento é usado como acompanhamento ou para ser servido a solo, mas sempre para dar outra dimensão harmónica ou melódica às composições que interpreta.

O violoncelo é imprescindível na música clássica e também na mais moderna. Era comum ter violoncelistas a acompanhar bandas rock nos anos 90 (ainda hoje acompanham, como no caso dos Arcade Fire), mas também em música de vanguarda, desde o pop dançável de Arthur Russell ao neo-clássico de Giovanni Sollima.

A sua versatilidade é tanta que é usado em diversos estilos e tradições musicais, mostrando que é dos instrumentos mais maleáveis que podemos encontrar, desafiando convenções e noções pré-concebidas. 

Um dos artistas que faz isso é Abel Selaocoe, um músico que usa o violoncelo para acompanhar canções tradicionais da África do Sul, com uma aproximação muito contemporânea e tecnicamente variada à execução deste instrumento. 

Podemos vê-lo aqui a tocar Vukani Bo, que em zulu significa “acordar”, uma canção para encorajar os jovens a perseguir as suas paixões.

 

Esta interpretação é uma prova muito musical da versatilidade da linguagem do violoncelo (vejam esta interpretação mais enérgica que demonstra o seu potencial dinâmico). 

Há também outros artistas que esticam ainda mais o vocabulário tradicional do violoncelo com a ajuda de pedais e processadores de efeitos. 

Joana Guerra, uma violoncelista portuguesa, tem usado loopers e delays para tocar a solo como se fosse um conjunto de cordas para construir as suas canções, como podemos ver neste vídeo gravado no Sabotage em 2017. Os pedais ajudam a explorar as funções rítmicas, harmónicas e melódicas do violoncelo, usando apenas um único instrumento.

Imaginem o que poderiam fazer com a ajuda de uma loop station como a RC-500 da BOSS

  

Ricardo Jacinto é outro músico nacional, mas que está sintonizado numa onda mais experimental. Este violoncelista usa um sistema de amplificação com captadores em diferentes pontos do violoncelo, que depois processa através de um conjunto de pedais de efeitos. Ele utiliza também o computador como instrumento musical injetando o sinal do violoncelo num editor de áudio digital, o que podem fazer também com a ajuda de um interface como o Roland Rubix22

Parece difícil de ouvir mas o truque é deixarem-se levar pela experiência sonora e esquecer as formatações habituais.

Mesmo ali ao pé de Ricardo Jacinto está um pedal BOSS que não conseguimos descortinar se é um afinador cromático ou um Digital Delay. Se souberem qual é, digam, mas qualquer um deles é muito útil num setup de pedais.

Outra violoncelista que gosta de transformar o som do seu violoncelo é Clarice Jensen. Jensen usa Octavers, Loopers, pedais de delay, entre outros, para dar dimensões novas às suas composições minimalistas que se transformam em peças complexas graças às diversas camadas adicionadas pelas modulações e reverberações dos efeitos. 

Se quiserem experimentar as possibilidade dos efeitos no vosso violoncelo, porque não começarem com um pedaleira como a BOSS GT1 (ou, se preferirem uma paleta sónica mais alargada, a GT100), e depois começarem a escolher os pedais específicos para as vossas composições?

Mas como amplificar o violoncelo? Se um violoncelo elétrico não está nos vossos planos, terão que amplificar o vosso instrumento um com um captador de contacto como os utilizados nas guitarras acústicas, já que a captação por microfone não será a solução ideal.  Falem connosco para mais opções.

Se também não sabem como usar os pedais, já falámos sobre quais serão os mais úteis, os mais populares por estilo e por que ordem os devem colocar. Estes artigos foram pensados para guitarristas, mas podem servir para desenvolverem os vossos próprios setups.

E, claro, o mais importante é ter um violoncelo. E praticar arduamente. É um instrumento extraordinário pela sua fluidez sonora, que encaixa em qualquer estilo.  Há mais de 500 anos que se mantém como um dos sons fundamentais na música que ouvimos - mesmo quando não há um violoncelo presente há muitas vezes algo que é usado para o mesmo efeito. O violoncelo tem-se renovado através das mãos de artistas inventivos e originais que estão  sempre prontos a marcar as linhas de fronteira para além dos horizontes convencionais.  

Se são violoncelistas, esperamos ter-vos inspirado um pouco. Se não, esperamos que se tenham sentido motivados para aprender a tocar este instrumento para criar a vossa arte. 







 

Deixar um comentário
Deixar comentário
Faça login para inserir um comentário
Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958

Salão Musical de Lisboa

Crie uma conta gratuita para guardar produtos favoritos.

Registar