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Anatomia da bateria

Publicado por2018-03-23 por 7139
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Já vos demos cinco razões para começarem a tocar bateria e achamos que já convencemos alguns de vocês a pegar numas baquetas. Mas, o que acontece sempre quando nos sentamos pela primeira vez atrás de uma bateria, é que não sabemos por onde começar nem para que é que servem aquelas coisas todas. Ou como funcionam em conjunto.

Já vos demos cinco razões para começarem a tocar bateria e achamos que já convencemos alguns de vocês a pegar numas baquetas. Mas, o que acontece sempre quando nos sentamos pela primeira vez atrás de uma bateria, é que não sabemos por onde começar nem para que é que servem aquelas coisas todas. Ou como funcionam em conjunto.

Uma bateria é um instrumento composto por vários instrumentos de percussão, cuja configuração pode ir de três peças a dezenas delas. As combinações possíveis entre estes elementos permitiram a criação de tantos ritmos que estilos musicais se desenvolveram em volta de padrões rítmicos: o backbeat no rock, o one drop no reggae, o balanço sincopado do funk. Mas vamos por partes. Literalmente.

anatomia da bateria  

1 - Bombo

É o elemento mais grave de todos os que compõem uma bateria. O bombo é tocado com um pedal, e transmite a batida fundamental do ritmo. Normalmente só é utilizado um, apesar de bandas de estilos mais pesados usarem dois bombos (ou dois pedais para um bombo só), um para cada pé, para batidas rápidas.

Para quem está a começar, aqui ficam uns exercícios básico para bombo.

2 - Tarola

Se dominarem a tarola, conseguem dominar qualquer instrumento tocado com baquetas. A tarola é o que normalmente ouvimos no contraponto ao bombo. É um dos elementos essenciais de qualquer ritmo, e cobre as frequências médias.

É constituída por uma caixa de média dimensão, com duas membranas ou peles, e tem areias, não da praia, mas uma esteira de metal, que vibra através da ressonância produzida sempre que se bate na pele superior  e que lhe dá aquele som característico.

O primeiro rudimento que se aprende é o paradiddle, que podemos ver exemplificado neste vídeo.

3 - Pratos de choque

Os pratos de choque são a combinação de dois pratos, que podem ser afastados por um pedal, que levantam o prato de cima no suporte. É o elemento mais usado de uma bateria, para além do bombo e da tarola. Vejam como Steve Smith, o baterista dos Journey, trata os pratos de choque por tu (a partir do meio ele está só a exibir-se)

4 & 5 - Timbalões

Assentes em cima do bombo, estão os timbalões (na figura, com o número 4). Ao lado, o timbalão de chão (5). Cada um está afinado num tom diferente, um mais agudo, um médio, e o timbalão de chão será mais grave, numa gama entre o bombo e a tarola. Permitem fazer rolls, ou seja, uma sequência rápida que os percorre na passagem entre duas secções, ou dar outro tom a uma batida. Bem usados, é como ter mais cores na nossa paleta sonora.

6 - Pratos

O prato que vemos no desenho é um ride, que permite manter um padrão rítmico contínuo. Para se fazer uma acentuação, usamos um crash. Podemos usar um, dois, ou 30 pratos na nossa configuração de bateria, haja braços, técnica e espaço para eles. A quantidade de pratos que existe é tão grande, com tantas características diferentes, desde tamanhos a perfurações, que poderíamos escrever um artigo inteiro só sobre isso. Servem para acentuar alguns tempos, e dar uma cor diferente e textura ao ritmo. Vejam como, nesta demonstração para a Zildjian, uma marca Salão Musical.

Extra - Baquetas

Isto de se saber o nome das peças de uma bateria é muito giro, mas sem baquetas não vão longe. As baquetas exigem uma técnica que começa na forma como as seguramos e acaba na forma como as podemos usar no contacto com a bateria. A bateria também pode ser tocada com escovas, muito utilizadas no jazz. Descubram como segurar nelas.

A bateria, como podem ver, é um instrumento rico e complexo, e altamente personalizável, podendo-se construir uma de acordo com as necessidades de cada músico. Não são só os tamanhos de cada peça, mas também a forma como se afina, e como se dispõem os diversos elementos que fazem de cada bateria um instrumento único. Até o banco é importante e conhecemos muitos bateristas que andam sempre com o seu.

Para se divertirem, e perceberem como cada baterista tem o seu som, visitem este site e toquem na bateria do Dave Grohl, Phil Collins, ou do Dave Weckl. Este artigo demorou o triplo do tempo a ser escrito porque estivemos a experimentar todas.

Agora que já sabem com quantas peças se faz uma bateria, vejam as que podem comprar online no Salão Musical de Lisboa.

Tag: bateria
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