Sistemas Hi-Fi: Música em alta fidelidade
Como é que se põe toda a Orquestra Filarmónica de Berlim na vossa sala? Com muitas cadeiras emprestadas. Mas temos outra solução para vocês.
Normalmente falamos aqui no nosso blog sobre tocar, fazer e praticar música. Mas, tão importante como isso, é ouvir música, especialmente se não temos possibilidade de ouvir os músicos ao vivo, seja porque não estão por perto ou porque está difícil assistir a concertos.
Ainda por cima, nunca foi tão fácil ouvir música, seja de que tipo for. Para além de serviços especializados como o Tidal, Spotify, YouTube Music, Bandcamp, entre tantos outros que nos dão acesso a todos os artistas que gravaram qualquer coisa em qualquer ponto da História (ou quase), existem também canais de televisão dedicados à música e a concertos, para além da rádio, seja a por ondas hertzianas ou a online.
Junte-se a possibilidade de instituições e artistas transmitirem os seus espetáculos pela internet e vemos que música não falta. Dispositivos também não, desde os gira-discos - clássicos e recentes - aos media centers digitais. Mas como a ouvimos? Pelas colunas do computador? Com os headphones do telemóvel?
Se calhar está na altura de investir num bom sistema de som para poderem desfrutar da música que querem ouvir e sentir que os músicos estão bem vivos e ao vivo na vossa sala.
O que é um sistema de hi-fi?
“Hi-fi” é um diminutivo em inglês de high fidelity, que significa alta fidelidade. Um sistema de alta fidelidade é, portanto, um conjunto de equipamentos que fornecem a melhor experiência sonora, ou a mais fidedigna.
Estes equipamentos normalmente são:
- Um amplificador;
- Um leitor de áudio, ou vários, digitais ou analógicos;
- Colunas e/ou headphones;
Também estão incluídas nesta categoria as soundbars ou barras de som, que complementam outros dispositivos como os televisores e que proporcionam uma experiência audiovisual mais imersiva, assim como as colunas wifi e multiroom, que podem levar convosco para qualquer divisão da casa por não terem fios.
Os audiófilos mais extremos podem gastar fortunas em sistemas de som para a sua casa, mas não é preciso chegar a tanto. A escolha do equipamento deve ter em conta o espaço onde o vão instalar: não vale a pena ter colunas muito potentes para as colocar numa divisão pequena, por exemplo.
Como escolher um sistema de hi-fi?
Antes de começarem a construir o vosso sistema de hi-fi têm que ter em mente que poderão fazer upgrades no futuro. Como qualquer interesse, a audiofilia pode tornar-se uma obsessão, e parte da diversão - para além de ouvir música com um som de alta qualidade - é ir construindo um sistema aos poucos.
Por isso, se estão interessados em entrar no mundo da alta fidelidade, a primeira coisa que têm que avaliar é o vosso orçamento. Saber quanto podem gastar vai afectar a escolha de cada um dos módulos do vosso conjunto. Não vale a pena gastar todo o dinheiro numas colunas e não ter um amplificador à altura.
Depois, pensem o espaço onde vão colocar o sistema de alta fidelidade e como vão ouvir a música. A sala onde o vão instalar é pequena? Serve também como sistema de home cinema numa sala maior? É para ser desfrutado individualmente a partir de uma poltrona no centro da divisão - de headphones ou não - ou para servir como PA para festas em casa, tanto no interior como no exterior?
Outra questão que devem ter em conta é se estão a começar do zero ou se já têm algum equipamento. Há componentes que são passados de geração em geração e é importante saber se são compatíveis com os equipamentos modernos. Há pessoas que nunca se irão desfazer do seu gira-discos com mais de 40 anos porque “os novos não têm o mesmo som”, dizem.
Mas será que tem um grande som ligado a um amplificador de última geração? Deverão fazer uma análise caso a caso, ver o estado desses equipamentos e perceber se encaixam com os novos.
Isto leva a outra questão, que devia ser também a primeira: como é que ouvem música? Em que formatos: vinil, CD, streaming digital? Cassettes, cartuchos ou mp3? É preciso ter fontes de qualidade para poderem retirar o máximo de qualidade do equipamento. Se são melómanos (pessoas cuja única coisa que têm organizada na vida é uma coleção de cds/vinis/cassettes e outros suportes musicais, na ordem dos milhares de itens, pelo menos), provavelmente terão muito por onde escolher.
Se estão a começar a vossa coleção, escolham os formatos que preferem e que conseguem armazenar. Se puderem, comprem sempre suportes físicos e diretamente aos artistas. É uma excelente forma de os apoiar.
Há também listas de canções e playlists (Spotify/Tidal) que dizem ser perfeitas para testar sistemas de hi- fi. Depende muito do vosso gosto musical, mas são boas referências para poderem avaliar a fidelidade do vosso equipamento.
E depois há aqueles audiófilos que, mesmo que conseguissem enfiar a Orquestra Filarmónica de Berlim numa sala, iriam achar que conseguiriam melhor som com aquele equipamento especial.
O que escolher?
Como viram, a vossa escolha depende de muitos factores, mas podem começar pela secção de HI-FI do Salão Musical de Lisboa. Temos desde sistemas completos a um preço muito acessível, a amplificadores de última geração, para além de colunas wifi e soundbars.
O importante é fazerem as escolhas certas para o vosso espaço, objectivos e hábitos. Se gostam de ouvir Wagner de madrugada, se calhar deverão colocar uns headphones na lista por causa dos vizinhos. E colunas potentes não se dão bem em divisões pequenas. Como dissemos, construir um sistema hi-fi pode se tornar numa obsessão e a parte mais divertida é estudar as diversas possibilidades para melhorar a experiência sonora. Nenhum audiófilo ou melómano que se preze dá a sua coleção como encerrada.
Se estiverem à procura de algo mais, falem connosco. A nossa paixão é a música, e sabemos que ela também é a vossa. Em alta-fidelidade.