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Beatle a Beatle: John Lennon

Publicado por2022-06-30 por 7671
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John Lennon foi o mais rebelde dos quatro Beatles. Venham conhecer um pouco da vida atribulada deste músico incontornável.

Quem foi John Lennon? Lennon é um dos fundadores dos Beatles, compositor de A Hard Day’s Night,Ticket to Ride, Help!, Norwegian Wood (This Bird Has Flown), Lucy in the Sky with Diamonds, All You Need is Love, Across the Universe, Strawberry Fields Forever, Imagine entre tantos outros sucessos que marcaram a música popular da segunda metade do século XX.

Assumia funções de vocalista, guitarrista, por vezes baixista, e também tocava piano e bteria. Mas também foi um rebelde, uma estrela de rock em todos os seus excessos, ativista e pai dedicado.

Conheçam um pouco mais sobre o membro mais divergente dos Beatles.

Tabela de Conteúdos

Origens

John Lennon nos Beatles

John Lennon depois dos Beatles

O fim de semana perdido de John Lennon

De volta a Nova Iorque

Vida Familiar

Morte de John Lennon

O legado de John Lennon

 

 

Origens

John Lennon nasceu a 9 de outubro de 1940, na cidade de Liverpool, em Inglaterra.

A infância de Lennon não foi fácil. Os pais separam-se pouco tempo depois de John ter nascido e nenhum dos dois quis assumir a responsabilidade de o criar.

Com apenas cinco anos, foi viver com a sua tia materna. A nova casa não foi sinónimo de estabilidade já que o tio morreu durante a adolescência de Lennon. Mas dos anos em que cresceu em casa dos tios, aprendeu a tocar banjo e a ganhar interesse pela música.

Em 1952, entrou na Quarrybook High School, onde John forma uma banda com alguns colegas. No dia 15 de junho de 1956, John é apresentado a Paul McCartney, que passa a fazer dos Quarrymen.

Em 1958 foi a vez de George Harrison juntar-se ao grupo. John tinha entretanto entrado numa escola de artes, e parecia ter encontrado estabilidade com as suas novas aventuras criativas. Mas, nesse mesmo ano, a sua mãe morreu atropelada em frente de casa, um facto que surgiu em algumas canções de Lennon.

Os Quarrymen transformaram-se nos Moondogs e, depois, nos Beatles. Foram para Hamburgo, onde se transformaram no quarteto que conhecemos hoje: John, Paul, George e Ringo.

John Lennon nos Beatles

Os Beatles eram o resultado da parceria criativa de Paul McCartney, de carácter mais pragmático, e o rebelde John Lennon. Este lado mais artístico e irreverente deu uma outra força à banda, que rapidamente abandonou o skiffle e abraçou tudo o que ouvia e conhecia para criar uma música nova.

Lennon era um criador muito espontâneo, que tinha em Paul um catalisador para a sua imaginação musical. Esta parceria tinha tanto de cooperativa como de rivalidade, mas o respeito entre os dois músicos era enorme.

Lennon tinha um temperamento artístico que se revelava nas canções em que assumia responsabilidades vocais, muito mais próximas do frenesim do rockabilly do que das harmonias pop. John não gostava da sua voz e, muitas vezes, recorria a tons um pouco forçados e nasalados. George Martin, o produtor definitivo dos Beatles, disse que Lennon insistia em carregar a voz com efeitos para disfarçar.

O próprio Lennon admitia que podia ser muito arrogante, mas estava cheio de inseguranças também.

Como guitarrista-ritmo, tinha uma aproximação muito particular, invocando a escola do rock clássico e influências da música negra norte-americana, que se foram infiltrando no som clássico dos Beatles.

Muitos dos grandes sucessos da banda são escritos pela dupla Paul McCartney e John Lennon, como Love Me Do, Eleanor Rigby, Yellow Submarine e Ticket to Ride. Mas a dupla de sucesso começava a apresentar pontos de fadiga, muito por causa da relação de Lennon com Yoko Ono e do consumo de drogas.

O documentário Get Back, de Peter Jackson, mostra as fissuras nas relações entre os membros da banda a ganharem dimensões irrevogáveis, durante as sessões para o disco Let it be e o famoso concerto no telhado.

Em setembro de 1969, John Lennon deixa os Beatles. Mais tarde, disse: “Eu comecei a banda, eu terminei a banda, é assim tão simples”.

John Lennon depois dos Beatles

A vida de John Lennon depois dos Beatles mistura-se com a vida de Yoko Ono.

Lennon conheceu a artista plástica japonesa em 1966 e, rapidamente, Ono começa a ter influência na vida da banda. O conceito de maçã/Apple, como marca dos Beatles, foi ideia de Ono.

Lennon e Ono tornam-se inseparáveis, tendo sido presos por posse de drogas em 1968. As situações públicas em conjunto de John e Yoko levaram ao fim do casamento entre o músico e a sua mulher, Cynthia Powell, com quem estava desde os tempos de escola. Dessa relação resultou um filho, Julian, que também enveredou pela música e pelas artes.

A 20 de março de 1969, John e Yoko casaram-se secretamente em Gibraltar, e passaram a ser o casal mais activista do mundo. Em Maio são proibidos de entrar nos Estados Unidos devido à condenação por posse de drogas no ano anterior, e desviam o seu caminho para Toronto,onde se manifestam contra a presença americana no Vietname, passando 10 dias na cama, num evento que ficou conhecido como Bed-in.

Lennon encontrou na artística e activista Ono a parceira ideal para desenvolver as suas ideias criativas e políticas. Grande parte da música que gravou depois de 1968 reflecte a influência de Ono na vida de Lennon, como Yer Blues e I'm So Tired, ainda com os Beatles. A sua estreia a solo foi denominada como Plastic Ono Band.

Em 1971, John Lennon gravou um disco que seria a sua marca definitiva no mundo da música, depois dos Beatles. Imagine é uma obra importante, definida pela faixa que lhe dá o nome. É um hino de esperança, com influência de Ono pelas suas conotações políticas que dominaram a vida pública de Lennon com Ono.

Apesar de serem um casal em sintonia em vários aspectos, também tinham os seus problemas. Lennon estava em risco de ser deportado dos Estados Unidos pela administração de Nixon, que não simpatizava com o cantor e as suas manifestações políticas. Esta situação, mais as infidelidades de Lennon e o seu descontrolo emocional, criaram um clima insuportável na relação.

Lennon e Ono separaram-se no outono de 1973. E foi aí que se deu início ao “fim-de-semana perdido” de Lennon, que durou mais de um ano.

O fim de semana perdido de John Lennon

Depois dessa separação, Lennon passou mais de um ano a beber e a tocar com outros músicos. Durante esse período, fez algumas sessões de gravação com Ringo Starr, às quais se juntou George Harrison. Foi a ocasião mais próxima de um regresso dos Beatles que o mundo alguma vez teve.

Fora do estúdio, Lennon abusava do álcool e procurava problemas, na companhia de Harry Nilsson. Os dois músicos fizeram capa de jornal com o seu comportamento, criando problemas em estabelecimentos de diversão noturna de Los Angeles.

Essa atitude foi levada para o estúdio, onde Lennon iria produzir um disco para Nilsson, mas o caos desta dinâmica fez com que Lennon tivesse que fugir para Nova Iorque para terminar o trabalho.

De volta a Nova Iorque

Sair de Los Angeles permitiu voltar a focar-se na música e sair do registo caótico em que se encontrava. Nessa mesma altura, produziu uma canção de Mick Jagger que ficou na gaveta por razões contratuais durante mais de 30 anos!

Em 1974, Lennon gravou o disco Walls and Bridges. O single Whatever Gets You thru the Night, que conta com a participação de Elton John, foi o único número 1 no top de vendas que teria a solo, em vida.

Das muitas outras colaborações que teve nessa época, destaca-se a co-autoria de Fame, com David Bowie, faixa onde assume guitarra e coros.

Vida Familiar

Pouco tempo depois, Yoko e John reatam a sua relação. John estava a lançar um álbum de covers chamado Rock’n’Roll, o último trabalho antes de uma pausa de cinco anos. É que Yoko estava grávida, e John quis dedicar-se a tempo inteiro à família e, particularmente, ao seu bebé, que nasceu no dia do seu 35º aniversário, em 1975.

Lennon afastou-se da vida musical, embora compusesse regularmente, retirando muitas ideias da sua vida familiar. Escreveu Cookin' (In the Kitchen of Love) para o amigo Ringo Starr, inspirando-se no trabalho que tinha em acordar às 6 da manhã e planear as refeições do seu filho, Sean.

A criança era o foco principal da vida de Lennon e assim foi até 1980, ano em que lança o single (Just Like) Starting Over. O nome desta canção terá a ver com a experiência limite que Lennon teve quando ia de viagem às Bermudas. Lennon fretou um um veleiro para visitar as ilhas das Caraíbas, mas uma forte tempestade inutilizou toda a tripulação, tendo Lennon assumido o controle da embarcação, levando-a até águas mais calmas.

Esta provação fez com que as três semanas passadas nas Bermudas fossem a trabalhar nas canções do novo disco, onde expressa a sua satisfação na vida familiar. No entanto, tanta alegria doméstica não agradou aos críticos, que classificaram o álbum de “chato”.

Morte de John Lennon

A 8 de dezembro de 1980, John Lennon e Yoko Ono estavam de regresso ao seu apartamento no edifício Dakota, em Manhattan, Nova Iorque, quando Mark Chapman disparou sobre Lennon, duas vezes nas costas e duas vezes no ombro. O músico foi levado imediatamente para o hospital, onde já chegou sem vida. Tinha 40 anos de idade.

Lennon não teve um funeral. Os seus restos mortais foram cremados e as suas cinzas foram espalhadas no Central Park, no local onde agora há um memorial intitulado Strawberry Fields Forever.

Foi um dos momentos mais dramáticos da história da música popular moderna. A manifestação de pesar pela perda de um dos músicos mais importantes da segunda metade do século XX demonstrou-se com o impressionante número de vendas de Imagine, que chegou a número 1 no top de vendas do Reino Unido, em 1981, seguido de Woman, também de Lennon.

O legado de John Lennon

John Lennon é um dos mais importantes compositores de música popular do século XX. Como autor, co-autor ou intérprete, Lennon teve 25 singles no lugar máximo da tabela US Hot 100. Só nos Estados Unidos, vendeu mais de 14 milhões de discos. E, claro, há todos os outros discos em que participou e os dos Beatles também.

Lennon tornou-se numa espécie de rebelde intelectual que inspirou gerações inteiras de músicos, mas sempre se manteve fiel às suas raízes musicais. Foi com os Beatles que, provavelmente, fez o seu melhor trabalho, mas a sua carreira a solo é um retrato fiel das suas convicções políticas, pessoais e musicais.

Graças à tecnologia, é possível conhecer, relembrar e redescobrir John Lennon, tanto no documentário de Peter Jackson como em palco, onde atuou virtualmente com Paul McCartney na edição de 2022 de Glastonbury.

A música é uma forma poderosa de expressar ideias e sentimentos. Para isso, precisam das melhores ferramentas e podem encontrar tudo o que precisam no Salão Musical.  Façam-nos uma visita.

Outros artigos desta série dedicada aos Beatles:

Beatle a Beatle: Ringo Starr

Beatle a Beatle: George Harrison

Beatle a Beatle: Paul McCartney

Tag: piano, Beatles
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