Salão Musical de Lisboa Loja de instrumentos musicais desde 1958
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Instrumentos tradicionais: Violas de Portugal

Publicado por2022-10-13 por 8025
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O que são violas portuguesas e quais são as suas características?

As violas portuguesas são um exemplo da riqueza e diversidade musical do nosso país: embora semelhantes entre si, cada uma delas tem uma personalidade própria, que define a sua região.

Venham conhecer as violas portuguesas e as suas características.

Violas Portuguesas: o que são

Viola Amarantina

Violas De Arame

Viola Beiroa

Viola Braguesa

Viola Campaniça

Viola Da Terra

Viola Toeira

Violas Portuguesas: o que são

As violas portuguesas são cordofones de origem anterior à introdução da guitarra, no século XVIII. Apesar de terem um corpo de formato semelhante ao da guitarra (em forma de 8) estes cordofones descendem da vihuela ou “viola de mão”, um cordofone do século XV aparentado com o alaúde, e têm ordens de cordas duplas.

Apesar desta origem comum, a viola foi-se transformando nas tradições musicais de cada região, desde a decoração ao formato, ao número de cordas e afinações. E são estas variações que fazem com que cada uma delas seja distinta das outras.

Como outros cordofones portugueses, as violas viajaram pelo mundo fora e encontraram casa noutros países. As violas caipira brasileiras são uma das descendentes diretas das violas portuguesas, por exemplo.

Viola Amarantina

Uma das violas mais representativas do folclore português é a viola amarantina ou viola de Amarante. Este cordofone típico da região do Douro Litoral tem cinco ordens de cordas. As duas ordens de cordas mais agudas afinam em uníssono, as três ordens mais graves em oitavas. A afinação tradicional da viola amarantina, dos agudos para o grave, é Lá Mi Si Lá Ré, e na outra afinação à “Moda Velha” é Lá Fá Si Sol Ré.

A viola amarantina tem cerca de 90cm de comprimento. A escala está levantada relativamente ao tampo, e a cabeça tem um forma rectangular e afinação por cravelhas, mas também pode ser em leque, como a guitarra portuguesa.

A decoração da viola amarantina apresenta uma boca em forma de dois corações, um cavalete de recorte trabalhado e algumas apresentam motivos florais, reminiscentes das suas origens rurais. Era um instrumento tocado no caminho para as mondas ou nas desfolhadas do milho, animando o convívio nas eiras.

O formato da boca é explicado pela lenda de um trovador medieval que teve o seu amor por uma donzela proibido pelos pais dela, e gravou os seus dois corações no tampo do instrumento. Apesar de apontados para lados opostos, estão unidos para sempre.

É por isso que a viola amarantina é também conhecida por viola dos corações.

Viola Amarantina APC VTR AMA 2 Corações Spruce Nogueira

Viola Amarantina APC VTR AMA 2 Corações

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Violas De Arame

Quando falamos da viola de arame não nos referimos a um mas a três cordofones. As violas de arame são três violas típicas dos Açores e da Madeira. Apesar das construções semelhantes, os materiais de fabrico variam assim como as afinações.

Um dos cordofones incluídos na designação de “viola de arame” é a Viola da Terra, da ilha de São Miguel, que tem também uma variação na Ilha Terceira, mas essas merecem uma entrada própria mais à frente nesta lista. Para já, vamos falar da viola de arame da Madeira.

Com um corpo elegante e estreito em forma de 8, a viola de arame madeirense tem uma boca redonda e escala saliente em relação ao braço. Tem cinco ordens de cordas, em que as duas primeiras estão afinadas em oitava, enquanto que a terceira ordem é dupla e pode ser afinada em oitava ou uníssono.

A afinação padrão da viola de arame madeirense é Ré4 - Si3 - Sol3 - Ré3 - Sol2.

Viola de arame Artimúsica modelo VA70S Simples

Viola de Arame Artimúsica 20270

Viola Beiroa

Originária da Beira Baixa, a viola beiroa ou viola de Castelo Branco é também conhecida por bandurra. Distingue-se facilmente das outras violas portuguesas pela sua cintura estreita e por apresentar cinco ordens de cordas mais duas requintas, duas cordas simples afinadas por cravelhas colocadas ao fundo do braço, que lhe dão uma sonoridade única.

A afinação da viola beiroa é Ré4 (uníssono) Si3 (uníssono) Sol3 (com oitava acima) Ré3 (com oitava acima) Lá2 (com oitava acima) Ré5 (as duas cordas soltas).

A viola beiroa está certificada como produto artesanal nacional.

Viola Braguesa

A viola braguesa é um cordofone tradicional da região do Minho (Braga) e Trás-os-Montes que tem ganho uma nova vida pela mão de músicos contemporâneos. Apesar de existirem algumas variações desta viola, o modelo padrão mede cerca de 90 cm, tem boca redonda ou em forma de raia e um cavalete trabalhado como outras violas portuguesas.

Tem cinco ordens de cordas duplas, sendo as duas ordens mais agudas afinadas em uníssono e as três ordens mais graves afinadas em oitava : Lá4 - Mi4 - Si3 - Lá3 - Ré3.

Viola Braguesa APC modelo 250

Viola Braguesa APC 250 Simples Boca Redonda

Viola Campaniça

A viola campaniça vem das terras quentes do Alentejo, onde servia de acompanhamento aos cantares à desgarrada ou em festas tradicionais. Com 110cm de comprimento, é provavelmente a maior das violas portuguesas. Tem uma cintura muito apertada, e a escala é rasa ao tampo.

Tem cinco ordens de cordas afinadas em Si3 – Sol3 – Mi3 – Lá2 – Mi2, sendo as duas últimas ordens separadas por uma oitava acima da nota base.

Viola Campaniça Artimúsica VA40S

Viola Campaniça Artimúsica VA40S Boca Redonda Simples

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Viola Da Terra

Um dos mais belos exemplares das violas de arame portuguesas é a viola da terra. Esta versão desenvolvida na ilha de São Miguel, nos Açores, tem semelhanças com a viola amarantina, com dois corações unidos a servir de boca. Mas estes representam a saudade de quem parte para o mar e não um amor não correspondido.

Existe também a ideia de que , virando a viola, podemos ver nos corações invertidos o desenho de uma coroa do Espírito Santo, símbolo fortemente ligado às crenças da população local.

A viola da terra tem 15 cordas, divididas por 6 ordens sendo, das mais agudas para as mais graves, 3 ordens duplas e 3 ordens triplas. A afinação é:

  • Mi4 (uníssono)
  • Si3 (uníssono)
  • Sol3 (uníssono)
  • Ré3 (com a segunda e terceira corda afinadas em uníssono e uma oitava acima)
  • Lá2 (com a segunda corda afinada uma oitava acima e a terceira corda afinada duas oitavas acima)
  • Mi2 (com a segunda corda afinada uma oitava acima e a terceira corda afinada duas oitavas acima)

A viola da terra tem sido recuperada na música tradicional graças ao esforço das comunidades e músicos das ilhas, que trazem à vida a sonoridade muito especial deste instrumento.

Viola da Terra Artimúsica modelo VA90C Simples 2 Corações

Viola da Terra Artimúsica VA90C

Viola Toeira

De regresso ao continente, temos a viola toeira, um instrumento originária da Beira Litoral que perdeu a sua expressão com a chegada da guitarra portuguesa às mãos dos estudantes de Coimbra, nos meados do século XIX.

Esta viola tem uma escala rasa ao tampo e doze cordas, sendo as três primeiras ordens duplas e as outras três triplas. É predominantemente um instrumento de ritmo, tocado em rasgueado.

Outra característica muito particular desta viola é o formato da boca: oval, e posicionada de forma perpendicular ao corpo.

Viola Toeira Artimúsica VA60S

Viola toeira Artimúsica VA60S

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Qualquer uma destas violas portuguesas transporta consigo uma tradição rica das suas gentes e das regiões que representam. Nos últimos anos, algumas até têm sido usadas por músicos contemporâneos em diversos estilos musicais, trazendo estes instrumentos e a música tradicional a novos públicos.

Se quiserem recuperar a tradição, ou apenas dar um novo som à vossa música, espreitem a loja do Salão Musical. Temos cordofones e outros instrumentos musicais tradicionais portugueses, fabricados pelas melhores empresas nacionais do ramo.

Façam-nos uma visita.

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