O que é Musicoterapia: para quem é, benefícios e instrumentos
Está comprovado cientificamente que a prática musical traz benefícios físicos e mentais - e espirituais - a pessoas de todas as idades, de bebés aos mais idosos.
Por isso, não é de estranhar que seja o centro de uma prática terapêutica utilizada para melhorar a qualidade de vida de vítimas de AVC, pessoas no espectro do autismo, para lidar com a ansiedade ou como forma de reforçar o espírito de equipa numa empresa.
Vamos descobrir o que é a musicoterapia e conhecer alguns dos instrumentos usados.
O que é a musicoterapia?
Instrumentos para musicoterapia
Percussão
Sopro
Teclas
O que faz o musicoterapeuta?
Tipos de musicoterapia
Benefícios da musicoterapia
Quem beneficia da musicoterapia?
Notas finais
O que é a musicoterapia?
A Musicoterapia, de acordo com a definição dada pela Federação Mundial de Musicoterapia, é uma prática que usa a música e/ou os seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia)”como parte de um processo de facilitação e promoção da comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas”.
Realizada por um musicoterapeuta qualificado, junto de um indivíduo ou de um grupo, a Musicoterapia tem como objetivo desenvolver e/ou restabelecer funções do indivíduo para que “possa alcançar uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida, através da prevenção, reabilitação ou tratamento”.
A música tem poderes cientificamente comprovados. Há indícios de que “pode alterar a atividade nas estruturas cerebrais que são conhecidas por estarem envolvidas nas emoções, como o sistema mesolímbico e a amígdala, responsáveis pela libertação de tipos de neurotransmissores como a adrenalina, e serotonina e dopamina, respetivamente”.
Esta ideia foi tirada de uma tese dedicada ao design de instrumentos para musicoterapia, que ainda diz que a “música pode ser usada como terapia para libertar emoções ou como forma de o indivíduo aprender a relacionar-se com os outros através da música”.
Vejam Instrumentos de iniciação musical ou Orff no Salão Musical de Lisboa
Instrumentos para musicoterapia
Os instrumentos usados nesta prática terão que ser fáceis de tocar por qualquer pessoa, já que o objectivo é incluir toda a gente.
Entre os tipos de instrumentos mais comuns estão os instrumentos de percussão, de sopro e teclas. Estas são algumas sugestões.
Percussão
Os instrumentos de percussão exigem concentração e coordenação motora, para além de fomentar a cooperação entre os participantes. Aqui ficam alguns dos mais populares.
Djembe
No próximo encontro da empresa, por que não fazer uma roda de percussão com djembes? Ou, que tal juntar os miúdos para uma acção ao ar livre? Os rudimentos básicos do djembe são fáceis de transmitir e rapidamente se coloca um grupo inteiro a tocar em conjunto. O difícil é fazê-los parar.
Djembes no Salão Musical
Kits de percussão
Para grupos com menores capacidades motoras, por serem muito novos ou por já terem uma idade avançada, os kits de percussão têm lá dentro sempre um instrumento que agrada até aos mais resistentes.
Kits Percussão Iniciação Musical no Salão Musical
Metta Drums
Os sons suaves e calmantes das metta drums são perfeitos para atividades terapêuticas e que induzem ao relaxamento e à meditação.
Metta Drum LP Dharma 8 LPD0608
Sopro
Flautas
A flauta é um dos instrumentos mais antigos inventado pela Humanidade. É ainda o suporte do ensino musical básico em Portugal através da flauta de bisel por ser um instrumento acessível e fácil de aprender. Se preferirem algo mais exótico, há sempre a flauta irlandesa.
Flautas de bisel no Salão Musical de Lisboa
Melódica
Situada entre o instrumento de sopro e o instrumento de teclas, a melódica é perfeita para participantes que tenham uma musicalidade e um fôlego mais desenvolvidos.
Melódicas no Salão Musical
Ocarinas
Este instrumento simples e de som mágico é bastante acessível quer na aprendizagem que no preço.
Ocarinas no Salão Musical
Teclas
Piano
Para acompanhar o grupo ou para promover o desenvolvimento de um paciente individual, o piano é um instrumento cheio de possibilidades rítmicas, melódicas e harmónicas, para além de ser extremamente estimulante para qualquer um. Existem várias opções, de pianos digitais a acústicos, de cauda e verticais.
Pianos acústicos & digitais no Salão Musical
Teclado eletrónico
Um teclado digital pode ser uma escolha mais portátil e prática. Muitos têm bancos de sons e ritmos que dão outra dimensão e energia às sessões.
Teclados Digitais no Salão Musical de Lisboa
O que faz o musicoterapeuta?
O musicoterapeuta é um profissional especializado com formação específica em musicoterapia que, em Portugal, é realizada através do Mestrado em Musicoterapia. Só musicoterapeutas que tenham formação académica superior podem fazer intervenções ou dar formação nesta área.
Para além desta formação específica, o musicoterapeuta deverá ter formação na área da música. É uma atividade que, para além dos requisitos académicos, exige também requisitos pessoais que são avaliados ao longo da sua formação. Não basta aprender técnicas terapêuticas e saber tocar música: é necessário saber estabelecer relações interpessoais de qualidade com os pacientes.
Mas o que faz um musicoterapeuta? Primeiro, os musicoterapeutas avaliam o bem-estar físico e emocional dos pacientes, assim como as suas competências de comunicação, cognitivas e motoras através de respostas musicais.
Depois, é da responsabilidade do musicoterapeuta planear as sessões individuais ou de grupo de acordo com as necessidades dos pacientes. Pode-se utilizar a improvisação musical, a aprendizagem através da música, a audição musical e até a escrita de canções. O ditado popular “quem canta seus males espanta" tem o seu fundo de verdade.
Existem contextos mais comuns para a prática dos musicoterapeutas: hospitais psiquiátricos, instalações de reabilitação, escolas e creches, instituições de apoio social, e centros comunitários, centros de dia, lares residenciais, programas de cuidados paliativos, ou instalações prisionais, entre outros.
Se quiserem saber mais sobre os especialistas de musicoterapia em Portugal, recomendamos uma visita ao site da Associação Portuguesa de Musicoterapia.
Resumindo, a musicoterapia é uma prática que serve para melhorar as condições psicológicas, físicas e sociais de um indivíduo ou de um grupo através da ação de um profissional especializado que usa a música e instrumentos musicais como ferramenta.
Tipos de musicoterapia
Existem dois tipos de musicoterapia: o receptivo e o ativo.
No receptivo, o musicoterapeuta toca música para os seus pacientes. No ativo, os pacientes tocam, cantam e fazem música.
Seja qual for o tipo, a musicoterapia tem em conta o contexto e o gosto dos participantes, para que seja uma atividade satisfatória para todos, saibam tocar um instrumento ou não.
Benefícios da musicoterapia
A música faz-nos sentir bem ou faz-nos, pelo menos, sentir. Por isso, os benefícios imediatos da musicoterapia são melhorar o humor e reduzir a ansiedade e o stress, melhorando a expressão motora (dançar é tão bom como cantar), para além de reduzir o isolamento social: como atividade comunitária, a música tem efeitos sociais e psicológicos poderosos. Vejam a quantidade de expressões musicais que são feitas em grupo, de coros a bandas, de orquestras a sessões de improvisação.
A musicoterapia é também usada como auxiliar no tratamento de algumas condições de saúde, principalmente do foro psicológico e neurológico, como Alzheimer, esclerose múltipla, transtorno do espectro autista, depressão, dor crónica, stress pós-traumático, AVC, entre tantas outras mas também no combate ao uso abusivo de substâncias.
A musicoterapia é uma ferramenta preciosa na melhoria da fala e da comunicação não verbal, assim como promove uma melhor coordenação motora.
Quem beneficia da musicoterapia?
Os grupos ou indivíduos que beneficiam da musicoterapia podem sofrer ou não das condições indicadas, já que a musicoterapia pode servir no desenvolvimento das capacidades cognitivas e motoras de crianças (ou a sua recuperação e manutenção nos mais velhos), e até como atividade de fortalecimento de equipa (team building) em contexto corporativo e institucional. Que tal criar uma banda da empresa ou apoiar mais o grupo musical da Casa do Pessoal da vossa instituição?
Notas finais
Acima de tudo, a música é um prazer que deve ser promovido e partilhado junto de todos, especialmente dos que mais beneficiariam dela. Faz tão bem que deveria ser passada com receita médica.
O Salão Musical tem o remédio para uma vida melhor nos instrumentos que dão música à vossa vida. E, se são musicoterapeutas ou pertencem a uma empresa ou instituição à procura de instrumentos musicais que fazem bem à saúde, falem connosco.