Ritmos do mundo e instrumentos II
Depois de África,vamos até à América do Sul. Basicamente, foi esse o percurso de muitos dos instrumentos da música latino-americana, com raiz africana, mas que ganharam um açúcar novo nas Caraíbas.
A música da América do Sul é caracterizada pelas secções rítmicas frenéticas e tão bem dispostas que nos pegam pelo pezinho, sobem até às ancas e, quando damos por ela, estamos a agitar-nos de tal maneira que não há mau espírito que aguente. E quando baixam no tempo, até cantam.
Os tímbales são um cruzamento afro-cubano com grandes resultados. Ideais para quem gosta de dar nas vistas, os tímbales não são propriamente dados à marcação, mas mais à expressão, acentuando as transições e são ideiais para solistas, como o mítico Tito Puente. Tocam-se com baquetas e costumam ter como acessórios címbalos e cowbells.
Há quem confunda as congas com djembés mas, apesar de serem descendentes daquele instrumento africano, têm uma sonoridade muito característica, mais grave e quente. As congas tocam-se com as mãos, e nas mãos de um mestre soam mais ou menos assim como neste vídeo.
Mais portáteis que as congas, e muito utilizados na salsa - o estilo de música e não a erva - os bongós vêm aos pares, sendo um chamado de macho (em castelhano, macho) e outro de fêmea (em castelhano, fêmea). Não sabemos bem a origem desta distinção, mas os bongós são o instrumento de percussão de origem afro-cubana de maior disseminação, pensando-se que tenham surgido na ilha de Fidel Castro no final do século XIX. Tenham uma lição rápida.
Se ficaram com vontade de se dedicarem aos ritmos quentes da salsa e da rumba, mas preferem dar música do que a dançar, visitem o Salão Musical e conheçam os nossos instrumentos de percussão da América do Sul. “Un pasito a elante y otro para atrás”...